A fala do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre mais de cem pedidos de prevenção contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), começa a mudar. das ações de julgamento político do presidente, que ele disse que já havia analisado, eram “desnecessárias”. Mas não é mais assim.
Lira argumentou que caberia à Câmara, por “conveniência política de A ou B, fazer com que o palco do país se estabilizasse mais”. E lembrou ainda que seu antecessor na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também não havia se preocupado com isso há dois anos, sob Maia 66 programas apresentados diretamente à Câmara dos Deputados, atualmente quase dobraram para 120.
Apesar da citação de pontos que vão da futilidade à instabilidade, Arthur Lira também argumentou que “o momento é para a Constituição, em conveniência e oportunidade”, disse ele a repórteres. Duas facetas chamam a atenção para sua leitura da situação. Primeiro, o fato de 100% dos pedidos de julgamento de Bolsonaro, que ele analisou desnecessariamente, não significa que ele analisou todos eles.
Então, ao evocar o tempo de “conveniência” e “oportunidade”, agora é transparente que o tempo de prevenção seja necessariamente político. Trinta dias após essas declarações, no entanto, o tom do prefeito foi atualizado, por motivos de conveniência e oportunidade. E nem sequer está claro quanto da organização chamada “Centro” permanece no governo.
No entanto, em entrevista esta semana a uma rádio de São Paulo, Arthur Lira voltou a sentir que o fator julgamento político de Bolsonaro exigia “responsabilidade”. Mas acrescentou que todos os programas apresentados na Câmara serão analisados, mas desta vez os desqualificam como “desnecessários”.
“Vamos nos posicionar muito em breve em cima deles”, disse ele.
Segundo Lira, não é o prefeito que estrutura o julgamento político, mas o cenário político e nacional de um país, nesse cenário, disse que ainda não vê em Bolsonaro uma perda de capacidade política do governo, uma “condição absurda de governo”. desemprego ” e inflação fora de controle, tais situações já estavam em vigor.
O pedido mais recente de Bolsonaro para salvá-lo da Câmara dos Deputados assinado na segunda-feira por 15 figuras proeminentes, a maioria do mundo da cultura e da comunicação, são: Ailton Krenak, Cristina Serra, Fabio Porchat, Felipe Neto, Chico César, Hermes Fernandes, Julia Lemmertz. , Julio Lancellotti, Ligia Bahia, Marcelo, Gleiser, Xuxa Meneghel, Raduan Nassar, Vanderson Rocha, Veronica Brasil e Walter Casagrande.
Em um vídeo publicado no Instagram, a atriz Julia Lemmertz diz:
– Fazemos parte de uma moção chamada Vidas Brasileiras, que não tem motivação política e, como muitos, não podemos mais suportar ver em silêncio essa escalada de morte de brasileiros por covídeo, que é resultado das omissões e má gestão deste governo.
A atriz convida outras pessoas a “assinarem” a iniciativa para que o aplicativo não seja “mais um”. Na tarde de quinta-feira, a página Vidas Brasileiras tinha mais de 630 mil assinaturas quando informou que está em manutenção.
Ainda no perfil do movimento no Instagram, a jornalista e Cristina Serra em vídeo explica o pedido de demissão de Jair Bolsonaro dos crimes de responsabilidade: “Precisamos salvar vidas”. O reforço visa qualificar a chamada em meio a mais de cem. protocolos desprezados pela Câmara dos Deputados.
Yer Mauro Menezes, professor de público da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e professor de Matriz Constitucional, acredita que a moção Vidas Brasileiras afirma não ter motivação política.
A pluralidade social na causa pode ser um reforço inteligente, diz ele. Tanto na consciência da sociedade quanto na política apontam que a moção de destituição de Bolsonaro não é uma questão de conveniência partidária.
– O Presidente da Câmara dos Deputados tem a tarefa urgente de admitir a relevância das alegações informadas dos crimes de dever do Presidente da República, decorrentes de uma constante afronta à Constituição Federal, à integridade dos estabelecimentos e ao mais alto requisito básico. As provas são irrefutáveis, resume o advogado, que também é signatário, juntamente com a procuradora aposentada Deborah Duprat, do pedido de demissão de Bolsonaro apresentado em julho do ano passado.