A Organização Mundial de Saúde está preocupada e vai reunir na quinta-feira o Comité de Emergência. Reserva Federal admite perigos para a economia mundial. Repatriamento de europeus será feito por companhia aérea portuguesa Hi Fly.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que convocou para quinta-feira uma reunião do comité de emergência para discutir o coronavírus que surgiu na China, a fim de determinar se a epidemia constitui ou não uma emergência internacional. As autoridades de saúde chinesas anunciaram 5974 casos confirmados de contaminação na China continental, mais 1400 em relação a terça-feira, e elevaram o número de mortes para 132.
“Decidi reunir amanhã o Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional sobre o novo #coronavírus (2019-nCoV) para aconselhar-me sobre a questão de saber se a epidemia atual constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus no Twitter.
Tedros Adhanom Ghebreyesus escreveu vários tweets em que dá conta do encontro com o presidente chinês Xi Jinping, elogiando “a monumental resposta nacional” que a China está a dar. O responsável da OMS mostra-se preocupado com os perigos do coronavírus e reconhece que houve um erro quando o risco do vírus foi classificado como moderado num relatório da OMS. “Tenho sempre alertado para o alto risco do vírus”, assegura.
A OMS diz que é necessário que sejam tomadas medidas e os riscos de abalo na economia são também reais, alerta o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell. “É muito incerto quão longe ele [surto] irá e quais os efeitos [económicos] na China, para os seus parceiros comerciais e pelo mundo”, disse Powell no início da conferência de imprensa, em Washington, que se seguiu ao fim da reunião de dois dias do comité de mercado aberto (FOMC, na sigla em inglês) do banco central norte-americano.
Para Jerome Powell, esta situação “é um assunto muito sério”, notando que é cedo para estimar consequências.
A Reserva Federal (Fed) dos EUA manteve a sua taxa de juro, perante uma economia que se mantém sólida, mas que enfrenta potenciais ameaças globais, como o surto do coronavírus chinês.
Na semana passada, as cotações bolsistas em Wall Street e do petróleo oscilaram, maioritariamente no sentido descendente, em função das notícias sobre este assunto e dos medos que infunde.
Muitos economistas e investidores esperavam que o crescimento da economia dos EUA e internacional se intensificasse este ano, dada a assinatura de um acordo comercial preliminar entre China e EUA.
Mas o surto viral na China injetou dúvidas neste cenário. O coronavírus encerrou grandes pedaços da China e arrefeceu a sua economia, a segunda maior mundial, que já está a desacelerar.
Nas operações de repatriamento, sabe-se que a companhia aérea portuguesa Hi Fly vai iniciar, na quinta-feira, o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan, a cidade chinesa onde surgiu o novo coronavírus, e os aviões fretados deverão partir do aeroporto de Beja, avança hoje o JN.
De acordo com o diário, “a portuguesa Hi Fly foi fretada para fazer o resgate de cidadãos europeus em território chinês”, acrescentando que o primeiro voo “sai do aeroporto de Beja às 10:00” de quinta-feira e deverá aterrar no Vietname. Fonte da tripulação que vai viajar neste voo confirmou à Lusa que alguns elementos foram chamados para participar no voo e que a aeronave vai aterrar no Vietname, seguindo depois para a China.
O JN refere também que a pista do aeroporto de Beja – a única infraestrutura aeroportuária em Portugal capaz de acolher a maior aeronave comercial do mundo (A380) – tem mais duas horas reservadas para voos, posteriores à partida do primeiro.
A Lusa contactou os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional, a Força Aérea Portuguesa, a ANA Aeroportos de Portugal e a companhia aérea Hi Fly, mas não conseguiu confirmar informações sobre quaisquer voos fretados. O JN afirma ainda que, depois de sair de Portugal, o avião vai rumar a França, “onde entrarão cerca de três dezenas de operacionais – entre médicos, autoridades e técnicos de saúde” -, seguindo depois para o Vietname.
Esta quarta-feira, a Finlândia confirmou o primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus no país, com as autoridades locais a precisarem que a paciente é uma turista chinesa que se encontra estável. O país escandinavo junta-se assim aos outros dois países na Europa – França (cinco casos) e Alemanha (quatro casos) – que já identificaram pessoas contaminadas pelo novo coronavírus detetado inicialmente na China.
A paciente é oriunda da cidade de Wuhan, na província de Hubei (centro da China), onde o novo vírus foi identificado pela primeira vez, informaram as mesmas fontes, que acrescentaram que a mulher estava de visita à Lapónia, região no extremo norte da Finlândia.
A mulher, de 32 anos, deu entrada num hospital local com sintomas associados ao novo coronavírus (2019-nCoV), que provoca doença respiratória potencialmente grave, como a pneumonia. Foi a própria paciente que recorreu à unidade hospitalar após ter sentido os primeiros sinais de infeção, referiram as autoridades, que acrescentaram que após a realização de testes a contaminação do vírus foi confirmada.
Segundo fontes do hospital central da Lapónia, citadas pelos media locais, a paciente está estável. Outras 15 pessoas estão sob observação, uma vez que terão estado expostas a um potencial contágio.
Outras 15 pessoas estão sob observação, uma vez que terão estado expostas a um potencial contágio.
As autoridades da Finlândia, o primeiro país nórdico a registar um caso de contaminação pelo 2019-nCoV, afirmaram que a situação está sob controlo e que o risco de propagação do novo coronavírus no território finlandês é baixo.
Entretanto, o número de casos em França subiu esta quarta-feira para cinco, depois de uma mulher na casa dos 30 anos, filha de um turista chinês, ter ficado gravemente doente, depois de o seu pai de 80 anos ter sido confirmado como o quarto caso. “Um quinto caso foi detetado. É a filha do turista chinês que foi internado recentemente em estado grave”, afirmou a ministra francesa da saúde, Agnes Buzyn, que pormenorizou que a mulher “precisa de oxigénio” e foi submetida a tratamento intensivo.
Na Alemanha as autoridades de saúde confirmaram mais três casos de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) detetado na China, aumentando para quatro o número de contagiados naquele país.
Nesta quarta-feira, os Emirados Árabes Unidos começaram por anunciar que identificaram o primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus chinês de Wuhan. Este é também considerado o primeiro caso detetado no Médio Oriente. Mais tarde, os Emirados Árabes Unidos atualizaram o número de infeções por coronavírus para quatro. Uma família de nacionalidade chinesa que veio da cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do novo vírus. “O estado de saúde das pessoas infetadas é estável”, afirmou o ministério da Saúde.
Os Emirados Árabes Unidos abrigam as companhias aéreas de longo curso Emirates e Etihad e são um importante centro de viagens aéreas internacional.
Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
Além do território continental da China, e agora na Finlândia, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França e Emirados Árabes Unidos.
O Governo australiano anunciou que vai retirar os seus cidadãos da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, para a Ilha Christmas, no Oceano Índico, onde permanecerão em quarentena.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou em Camberra que o plano de repatriamento foi finalizado esta quarta-feira, durante uma reunião do Comité de Segurança Nacional, que vai dar prioridade a crianças e idosos, embora não haja ainda permissão por parte das autoridades chinesas.
Segundo dados oficiais, existem cerca de 600 australianos radicados na província de Hubei, cuja capital é Wuhan, que foi colocada na semana passada sob uma quarentena de facto, com entradas e saídas interditas.
A retirada vai ser coordenada a partir do consulado australiano em Xangai. A companhia aérea Qantas Airways ofereceu-se para fretar um avião.
Os australianos serão colocados sob uma quarentena obrigatória de 14 dias num centro médico autorizado na Ilha Christmas, localizada a cerca de 2360 quilómetros a noroeste de Perth, no estado da Austrália Ocidental, e tradicionalmente usada para manter requerentes de asilo e criminosos estrangeiros em processo de deportação.
A Nova Zelândia vai trabalhar em conjunto com a Austrália para repatriar os seus cidadãos.
A Austrália registou, até à data, cinco infeções pelo novo coronavírus e recomendou aos seus cidadãos que reconsiderem qualquer viagem à China.
Também os cidadãos britânicos retirados da China vão ficar isolados, como precaução, de modo a evitar a propagação do vírus. “Qualquer pessoa que chegar procedente de Wuhan será isolada de forma segura durante 14 dias, com todo o atendimento médico necessário”, escreveu no Twitter o ministro da Saúde, Matt Hancock.
Da mesma forma, o Governo da Guiné Equatorial informou que colocou em quarentena quatro passageiros provenientes de Pequim, medida que será aplicada a todas os que cheguem ao país vindos da China como medida de controlo do surto de coronavírus.
Os perigos de propagação do coronavírus estão a levar as companhias aéreas a suspender as ligações com a China. A alemã Lufthansa, que já tinha imposto algumas restrições, decidiu agora cancelar todos os voos de ligação com a China até 9 de fevereiro. A SwissAir e a Austrian Airlines, do mesmo grupo, fizeram o mesmo.
O presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, disse que a companhia aérea está a acompanhar o surto de pneumonia por coronavírus e que está preparada para reagir.
“A TAP não voa diretamente para a China, mas é evidente que estamos atentos a acompanhar o problema”, disse Miguel Frasquilho aos jornalistas, em declarações à margem da cerimónia de batismo do novo avião A320, que recebeu o nome do poeta José Carlos Ary dos Santos. “Seguimos com muita atenção todos as recomendações. Estaremos preparados para reagir”, acrescentou o responsável.
Antes, a British Airways tinha já anunciado que suspendeu todos os seus voos de e para a China devido à propagação do coronavírus, que já fez mais de 100 mortos.
“Suspendemos todos os voos de e para a China continental com efeito imediato, seguindo conselhos do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido contra todas as viagens, exceto as essenciais”, afirmou a companhia aérea em comunicado, no qual pede aos passageiros “desculpa pelo inconveniente”.
“A segurança dos nossos passageiros e tripulação é sempre a nossa prioridade”, justificou a British Airways, que remete para o site da empresa informações adicionais para os passageiros que pretendem viajar para a China.
Na página da companhia aérea britânica verifica-se que não há nenhuma ligação aérea direta com a China em janeiro e fevereiro.
Várias companhias aéreas suspenderam ou reduziram voos de e para a China para evitar a propagação do novo vírus
© EPA/ARMANDO BABANI
Também a companhia norte-americana United Airlines suspendeu alguns voos para Pequim, Xangai e Hong Kong entre 1 e 8 de fevereiro. As autoridades norte-americanas aconselharam os seus nacionais a não viajarem para a China nesta altura.
Já a Air France suspendeu as ligações para Wuhan, cidade onde teve origem o novo tipo de coronavírus, e a transportadora da Coreia do Sul, Seoul Air, suspendeu todos os voos para a China.
Georgian Airlines, companhia aérea da Geórgia, suspendeu todos os voos comerciais de e para a China até 29 de março. Vários voos de ida e volta entre a Geórgia e a China são realizados todas as semanas.
A Cathay Pacific, cujo principal hub está localizado no aeroporto internacional de Hong Kong, vai reduzir gradualmente os seus voos de e para a China continental em pelo menos metade, a partir de quinta-feira e até final de março.
Entretanto, a companhia aérea russa Ural Airlines, que opera para Munique, Paris e Roma, anunciou a suspensão de todos os voos para a Europa devido à disseminação do novo coronavírus (2019-nCoV).
“Devido à situação epidémica na China e com a implementação de medidas restritivas pelas autoridades chinesas e pela agência de turismo russa destinadas a turistas chineses e russos, a Ural Airlines é forçada a cancelar uma série de voos até final do inverno”, anunciou a empresa à agência de notícias pública TASS.
A companhia aérea Lion Air, da Indonésia, também fez saber esta quarta-feira que suspende a partir de 1 de fevereiro todos os voos de e para a China devido ao surto do novo tipo de coronavírus.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) garantiu esta quarta-feira que está a acompanhar “de perto” a evolução do coronavírus em Wuhan e a colaborar com as principais organizações de saúde – como a Organização Mundial da Saúde – para limitar o risco de surto.
Registadas longas filasna China para comprar máscaras de proteção, que estão já esgotadas em vários locais
© EPA/PENG HUAN
Em comunicado divulgado na sua página na Internet, a IATA explicou que as companhias aéreas estão preparadas para trabalhar com as autoridades de saúde pública quando há surtos de doenças transmissíveis e acrescentou que estão a ser aplicadas as recomendações da Organização Mundial da Saúde para limitar o risco de exportação ou importação da doença.
A IATA integra cerca de 260 transportadoras aéreas, que representam 83% do tráfego aéreo total.
A rede sueca de móveis Ikea anunciou nsta quarta-feira o encerramento temporário de metade das suas 30 lojas na China para combater o contágio do novo coronavírus.
“A Ikea encerrará cerca de metade das suas lojas na China continental, provisoriamente e até novo aviso, a partir de 29 de janeiro (…) Pedimos aos funcionários da Ikea que fiquem em casa e garantimos o salário integral”, afirmou a fabricante sueca em comunicado.
Também a empresa japonesa Toyota anunciou que vai prolongar a suspensão da produção nas suas três fábricas na China até 09 de fevereiro na sequência da crise causado pelo coronavírus.
“Vamos monitorizar a situação e tomar uma nova decisão” após esta data”, disse um porta-voz do grupo à agência de notícias France Presse.
As três fábricas da Toyota na China tinham sido encerradas na semana passada devido aos feriados e festejos do Ano Novo Chinês.
O grupo McDonald’s também indicou que encerrou “várias centenas” de restaurantes na província chinesa de Hubei, centro de uma epidemia do novo coronavírus, precisando que cerca de 3.000 estabelecimentos seus na China continuam abertos.
A situação continua “preocupante”, sublinhou um responsável do grupo numa conferência telefónica na sequência da apresentação de resultados financeiros.
A McDonald’s constituiu um grupo de trabalho para controlo e prevenção da epidemia, refletindo em particular sobre a forma de atuar nas cozinhas e a entrega de refeições aos que trabalham em hospitais.
O grupo sublinhou, no entanto, que o impacto nos seus resultados deve ser reduzido se a epidemia for contida no país. A China representa 9% dos ‘fast-food’ da McDonald’s, mas apenas 4% a 5% das suas vendas globais e cerca de 3% do seu lucro operacional.
Nenhum caso confirmado do novo coronavírus foi registado oficialmente até hoje na Rússia, que possui 4250 quilómetros de fronteira terrestre com a China e onde muitos cidadãos chineses estão presentes.
O número de infeções pelo novo coronavírus na China excedeu o da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) no país entre 2002 e 2003, que matou 774 pessoas em todo o mundo, segundo dados oficiais divulgados esta quarta-feira.
As autoridades de saúde chinesas anunciaram 5974 casos confirmados de contaminação na China continental, mais 1400 em relação a terça-feira, e elevaram o número de mortes para 132.
O vírus da SARS tinha infetado 5.327 pessoas no país e causado a morte a 774 pessoas em todo o mundo, dos quais 648 na China, incluindo Hong Kong.
Vários países já começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
A União Europeia (UE) vai enviar dois aviões à região chinesa de Wuhan para repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitem, “independentemente da nacionalidade”.
O regresso a Portugal de 17 cidadãos nacionais que se encontram em Wuhan deverá acontecer na sexta-feira. Os portugueses vão fazer a viagem no segundo voo fretado pelo União Europeia através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, noticiou esta quarta-feira o Público, que cita um responsável do Governo.
O primeiro avião fretado por Bruxelas partiu esta quarta-feira de manhã de França.
Um avião fretado pelo Governo japonês transportando 216 pessoas retiradas da cidade já chegou a Tóquio.
Um avião com pessoal diplomático dos Estados Unidos e outros cidadãos norte-americanos também saiu de Wuhan, devendo chegar esta quarta-feira ao aeroporto internacional de Ontário, na Califórnia.
O Canadá está a estudar todas as opções para repatriar os 126 canadianos que vivem na região.
Um avião com 240 norte-americanos que se encontravam na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da epidemia de coronavírus, aterrou esta quarta-feira em Anchorage, Estados Unidos.
As autoridades norte-americanas fretaram um avião para retirar os funcionários do consulado e outros cidadãos dos Estados Unidos que se encontravam em Wuhan.
O aparelho com destino à Califórnia efetuou uma escala para reabastecimento no Estado norte-americano do Alasca a norte do Canadá.
Os passageiros mantêm-se no interior do aparelho que não tem as janelas abertas, não sendo possível ver os ocupantes.
As autoridades sanitárias do mais pequeno Estado norte-americano anunciaram que vão pronunciar-se em conferência de imprensa mais tarde sobre a saúde dos repatriados.
Na terça-feira foi anunciado que o avião vai aterrar na base militar March Air, no condado de Riverside, Califórnia, apesar de inicialmente estar previsto o desembarque dos passageiros num aeroporto civil do condado californiano de San Bernardino.
O Centro de Controlo de Doenças comunicou ao aeroporto que o aparelho vai ser desviado para a base militar.
“Nós estávamos preparados, mas o Departamento de Estado decidiu mudar o local de aterragem para a base militar”, disse Curt Hagman, porta-voz do aeroporto de San Bernardino.
As provas da Taça do Mundo de esqui alpino, agendadas para fevereiro na China, foram canceladas, anunciou a Federação Internacional de Esqui (FIS, na sigla inglesa). “Devido à epidemia e à propagação do novo coronavírus, a FIS e a Associação Chinesa de Esqui decidiram, em conjunto, cancelar as próximas provas da Taça do Mundo masculina previstas para 15 e 16 de fevereiro em Yanqing”, que se situa a 50 km de Pequim, informou a federação em comunicado.
Estas seriam as primeiras provas de qualificação para os Jogos Olímpicos de inverno 2022 de Pequim.
A UNICEF enviou para a China máscaras de proteção – esgotadas em várias farmácias – e fatos de proteção para os profissionais de saúde para reforçar a resposta das autoridades à propagação do vírus. “Este coronavírus está a propagar-se a uma velocidade vertiginosa e é importante ter todos os recursos necessários para retê-lo”, afirmou Henrietta Fore, diretora executiva da UNICEF.
“Podemos não saber o suficiente sobre o impacto do vírus nas crianças ou quantas podem ser afetadas – mas sabemos que a monitorização e prevenção rigorosas são fundamentais. O tempo não está do nosso lado”, sublinhou.
A equipa de futebol do Wuhan Zall, da cidade chinesa originária da epidemia de coronavírus, chegou esta quarta-feira ao Aeroporto de Málaga, cidade espanhola onde vão estagiar, sem apresentar quaisquer sintomas de infeção.
Segundo o ministério da saúde, a equipa da primeira divisão chinesa chegou esta quarta-feira proveniente de Istambul, onde fez escala depois de partir de Xangai, após ter estado a treinar em Guangzhou, a mil quilómetros de Wuhan, desde 4 de janeiro.
“Constata-se que não há incidências de saúde entre os passageiros, isto é, nenhum apresenta sintomas”, apontaram fontes ministeriais à agência noticiosa EFE.
Cerca de 30 jogadores liderados pelo treinador espanhol José González, que se juntou à comitiva no aeroporto, seguem agora para Sotogrande, onde vão estagiar até 14 de fevereiro, antes do arranque da Superliga da China.
Segundo o técnico, a equipa treina “há 25 dias fora de Wuhan”, reiterando que não há “perigo para ninguém” e que o “período de incubação há muito que expirou” em todos os integrantes da comitiva.
“A Junta da Andaluzia estabeleceu o protocolo necessário. Estão a trabalhar em conjunto com o médico da equipa, porque ninguém deseja nenhuma incidência. Estaremos dispostos a submeter-nos a controlos periódicos”, declarou.
atualizado às 22.03