O futebol é o esporte ou a NFL é tão boa assim?

Se você está um pouco familiarizado com o mundo dos games, provavelmente já reparou que em setembro a NFL realizará o primeiro jogo de futebol americano da liga de jogos mais bem-sucedida do mundo em solo brasileiro. Mas você já dedicou um tempo para analisar a magnitude?do jogo que, em 2028, verá flag football (uma variante do futebol “full pad”, sem toque e com menos jogadores) nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos EUA?

Começando pelo topo. No NFL. Si analisamos a avaliação da Forbes, o preço médio de cada franquia é de US$ 5,1 bilhões, com o Dallas Cowboys tendo os maiores números imagináveis: uma avaliação de US$ 9 bilhões, com geração de caixa anual de US$ 1,14 bilhão e lucro operacional (Ebitda, na sigla em inglês). antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 500 milhões. NFL > Disney

A liga e, principalmente, as franquias estão com boa saúde monetária. Isso é um fato. Agora, vou passar para o Comparably, que é um sistema que reúne o conhecimento dos colaboradores e consumidores da marca, para ter um conceito mínimo de NPS (Net Promotion Score, que é uma métrica que indica a satisfação dos visitantes com a empresa). De acordo com o theArray, o NPS da NFL é de 41. A pontuação inteligente, se entendermos que a pontuação varia de -100 a 100, com um número acima de 0 sendo positivo, indicando que a empresa tem mais fãs do que detratores. Para efeito de comparação, a The Walt Disney Company tem um NPS de 38, de acordo com a Comparably.

A NFL entende que o que acontece fora da caixa é tanto (se não mais) do que o que acontece dentro da caixa.

A partir de agora, aqueles de vocês que lerem esta coluna (pela qual sou muito grato) estão convidados a dar uma olhada na NFL de uma forma mais holística. Na prática, uma parte do ano tem jogos e a outra parte, conhecida como offseason. , não tem jogos. Mas isso não é um problema. Na verdade, pode até ser entendido como um tempero adicional, pois quanto menos partidas, mais partidas especiais e a espera tende a gerar expectativas reprimidas (e valiosas). O que chama a atenção, no entanto, é que, se os jogadores pararem, outros atores entram em cena.

Nesta quinta-feira (25), a NFL recebe o draft, recrutamento/variedade de jogadores de futebol americano do ensino médio (escola/NCAA). Essa eleição, que pode ser parecida com a da educação física escolar, em que os capitães das equipes decidem quem vai assinar. Para o time, abre uma oportunidade magnífica que movimenta toda a mídia, abala o coração dos torcedores e, claro, renova as expectativas do mercado para os novos ídolos que podem surgir. É uma fórmula. Claro, isso não se limita ao futebol americano, a NBA, MLB, NHL e MLS, além das variantes femininas das competições americanas de maior pontuação, também têm o mesmo esquema de variedades.

O draft é uma das jogadas mais importantes da liga. O Super Bowl, evento que dispensa maiores explicações, é a cereja do bolo. Há muitas outras coisas que acontecem cronologicamente e com uma experiência arquitetônica, que cada uma delas a cada ano constitui uma nova página marcante na vida da liga (que já ultrapassa cem anos), básica nos relatos de quem a consome.

E no chão?

O pré e o pós-evento têm um efeito tal que raramente sabemos o que acontece durante o jogo. Quando você olha pela primeira vez, há dois vieses claros: o jogo é complicado e violento. Aqueles que se tornam fanáticos obviamente percebem que qualquer um desses problemas é eventualmente superado. No entanto, a NFL reconhece que sempre há espaço para melhorias, razão pela qual investe pesado em estudos para melhorar a qualidade dos aparelhos e reformula periodicamente as regras do jogo para ajudar na preservação física dos atletas. Como parte do processo de tornar o jogo cada vez mais perceptível, a NFL seguiu a estratégia de sair do solo americano e conquistar o mundo, a fim de ser mais lembrado e uma vez que o jogo entra na cultura do jogo, ele começa a quebrar a barreira do desconhecido. A NFL já visitou México, Inglaterra e Alemanha. Além do Brasil, a Espanha também deve sediar um evento em 2025.

E por falar em Brasil. . .

A Liga Nacional de Futebol não vem ao Brasil em vão. Segundo o Ibope Repucom, são mais de 35 milhões de fãs da NFL no país. Ou seja, há uma audiência. Claro, isso não leva em conta os países vizinhos da América do Sul, que contribuem para a construção dos números. E mais do que isso, há praticantes de modalidades e variantes. Mas há também a prática de flagrar no 9×9, no 8×8 (é isso que eu toco, no meu amado Brasil Devilz) e no mais popular, o 5×5, que tem uma participação gigante de mulheres e crianças. Para constar, na última Copa do Mundo, realizada em Israel, a seleção feminina ficou em quarto lugar (entre 18 participantes!). Estima-se que existam mais de 5 mil atletas no Brasil, segundo a CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano).

Fiz tudo isso para chegar até aqui

Acho que consegui ter uma imagem do jogo, seja nos Estados Unidos ou aqui no Brasil. No entanto, gostaria de reconhecer o prazer extraordinário que este jogo me deu. Sou atleta de flag football desde 2012 e posso destacar pilares vitais do jogo que geram preço para o futebol americano como um todo. Destaco duas:

A primeira característica é o ponto de rede que o jogo gera. Você não pode começar um jogo sem que seus outros companheiros de equipe não cumpram seus papéis. Soma-se a isso o fato de que em um time, seja ele bandeira ou futebol americano, os jogadores têm que saber com antecedência o que seus companheiros vão fazer para alcançar o objetivo. Claro, há espaço para jogadas individuais, mas depende de um bloqueio ou da ajuda de algum outro companheiro de equipe. Em outras palavras, você quer que todos sejam mais um.

O ponto atual é o que mais diferencia o jogo na minha opinião. Há uma democratização dos biótipos físicos. Jogadores altos, baixos, gordos, estreitos e brincalhões, com habilidades expressivas. Tudo em um só lugar. Se um jogador é menor e não tem muito ímpeto, em jogos como basquete e vôlei, o atleta vai ter dificuldades. Mas, no futebol, ele pode ser um running back maravilhoso. O jogador com a máxima força física e a menor mobilidade. Ele pode ser um jogador de linha ofensiva maravilhoso. E se um jogador não pode ocupar nenhuma posição no máximo, ele pode ser um apostador, um titular ou um kicker profissional. E se precisar de ajuda fora de campo, o treinador é uma ótima opção. No final das contas, todos são jogadores de base, com chance de conseguir uma vitória coletiva, sendo esta última a mais importante.

Bem, agora o que resta: você começou a gostar de futebol americano antes ou depois de ler este texto?

  

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