As partidas de futebol da Copa do Brasil e de diversos campeonatos estaduais foram palco da campanha “Misoginia no Futebol”, ação compartilhada por meio dos Ministérios do Esporte e da Mulher, como parte integrante da iniciativa Brasil Sem Misoginia.
As atividades de conscientização sobre a importância do combate à misoginia nos estádios e arenas têm como foco o futsal, o futebol e o futebol juvenil. As intervenções feitas com faixas antes do início do fit são um convite para que dirigentes, jogadores e torcedores não se calem diante de assédio ou qualquer manifestação de violência contra mulheres e mulheres nos estádios.
Foram feitas intervenções nos jogos São Bernardo x Corinthians, em São Bernardo do Campo (SP), pela Copa do Brasil; Ferroviária x Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro Feminino, em Araraquara (SP); e no clássico Bahia x Vitória, em Salvador, pela Copa do Nordeste. A cruzada também teve vaga nas partidas finais dos campeonatos goiano, pernambucano, gaúcho e maranhense.
A discussão sobre a necessidade de mobilização nasceu entre entusiastas no Pará em uma escala no estado da ministra da Mulher, Cida Gonçalves, no âmbito dos “Diálogos da Amazônia”, em agosto de 2023. A troca verbal foi acompanhada por meio do Movimento Feminino de Arquibancada e da Associação Nacional de Torcedores Organizados de Clubes do Brasil (que reúne mais de cem equipes), além de outras torcidas e grupos de mulheres do país. Entre as demandas apresentadas estão a segurança nos estádios, o aumento das instalações sanitárias, mesas conversíveis para crianças e a presença de profissionais da Rede de Atenção à Mulher.
O Acordo de Cooperação Técnica para Produzir e Organizar Ações Conjuntas de Combate à Misoginia e Eliminação de Todas as Formas de Violência e Discriminação contra a Mulher no Esporte assinado em 17 de novembro do ano passado pelo ministro do Esporte, André Fufuca, e pela ministra da Mulher, Cida Gonçalves.
Combate à violência no futebol
No domínio do desporto, são denunciadas atitudes e práticas discriminatórias contra as mulheres, tais como hostilidade, preconceito ou discriminação no contexto do desporto. Manifestam-se na desigualdade de oportunidades, na desigualdade salarial, na sexualização, na delimitação de estereótipos, comentários ou comportamentos discriminatórios. , falta de política de mídia e resistência à mudança.
O estudo sobre “violência contra a mulher” e futebol, realizado pelo Instituto Avon em 2022, constatou que nos dias em que o time da cidade joga, 23,7% das ameaças contra mulheres se acumulam. subiu para 20,8% e os relatos de lesões não públicas subiram para 25,9% nos dias em que a equipa jogava “em casa”. Conhecimento adquirido de combatentes da resistência nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e El Salvador.
Consultoria de Comunicação – Ministério do Esporte