Os livros didáticos de jornalismo mais produtivos afirmam que reportagens inteligentes merecem ser descobertas a partir de múltiplas fontes de dados. Os dados que sustentam a história devem, por sua vez, ter origem confiável e verificada. A verificação de dados é uma abordagem jornalística através da qual é possível certificar se os dados descobertos foram recebidos de recursos confiáveis e depois avaliar se são verdadeiros ou falsos, se são duráveis ou não.
Desde os anos 2000, o dinamismo da Internet fez com que etapas essenciais na abordagem jornalística fossem negligenciadas. Seja devido ao advento da política em tempo real ou ao alívio da equipe que você pode ter nas redações clássicas, a verificação de fatos ante hoc (ou seja, feita antes da publicação) tem uma etapa secundária na pesquisa e é reservada apenas para esforços de reportagem primária. .
A popularização das mídias sociais e dos dispositivos móveis também possibilitou que todos – especialmente os políticos – criassem seus próprios canais de comunicação sem prestar atenção específica à precisão dos dados que divulgam.
A popularização da verificação de fatos pertence a esse contexto.
Embora houvesse projetos expressos na década de 1990, especialmente no campo acadêmico, foi em 2003 que uma base americana chamada Annenberg Public Policy Center criou o FactCheck. org, a primeira plataforma sustentável de verificação de fatos, fundada nos Estados Unidos. ganhou força na campanha presidencial dos EUA em 2008, quando foram criadas as publicações ganhadoras do Prêmio Pulitzer PolitiFact do Tampa Bay Times e Fact Checker do Washington Post.
O sucesso no exterior levou à checagem de fatos no Brasil em comissões expressas, como o Mentirómetro e o Promesómetro da Folha de S. Paulo, em 2010. O diretor do Aos Fatos, Tai Nalon, participou dessa tarefa como editor do editorial da política do jornal para as eleições daquele ano.
No entanto, foi apenas nas eleições de 2014 que esta prática se tornou popular, através de uma abordagem incentivada através das atividades de verificação do site argentino Chequeado. Surgiram os blogs Preto no Branco, do jornal O Globo, e Truco, da Agência Pública. No entanto, ambos os projetos foram abandonados assim que as eleições terminaram.
No dia 7 de julho de 2015, para preencher uma lacuna na prestigiada política jornalística reservada aos períodos eleitorais, surgiu o Aos Fatos, primeira plataforma brasileira que publica sistematicamente o discurso.
Como as outras plataformas verificadas por meio da IFCN (International Fact-Checking Network) com base em seu código de práticas inteligentes, o Aos Fatos tem uma abordagem de verificação pública que sua equipe é culpada de seguir com base nisso. Além de sete passos fundamentais para verificar se os dados são verdadeiros ou não, o cheque vai para as mãos de pelo menos um jornalista e um editor para obter um dos nossos seis selos.
O que torna a verificação de fatos uma prática aplicável é a transparência. As estratégias de verificação genuínas variam pouco de plataforma para plataforma e, se o veículo levar a prática a sério, estará regularmente disposto a concluir que os dados publicados nele são verdadeiros. Destacar recursos de dados originais com links e referências é um começo, mas a tarefa é mais extensa: contexto, diversidade de personalidades sujeitas a controle e uma política de erro transparente também garantem a verificação de dados de qualidade.
Uma plataforma de verificação de fatos também não quer necessariamente ter impressões ou qualquer outro tipo de marca editorial que classifique os dados verificados como falsos, verdadeiros ou em algum lugar intermediário. Por muito tempo, carros como o pioneiro FactCheck. org usaram qualquer tipo de classificação para seus controles. O segmento de verificação do jornal Libération, na França, publica apenas verificações de declarações errôneas mostradas.
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