No mesmo dia em que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) exigiu que a Meta fornecesse dados sobre como usa os dados dos usuários em suas plataformas, além de aplicar inteligência sintética (IA), a empresa de Mark Zuckerberg concordou com esse pedido.
Na terça-feira (20), a empresa apresentou os dois relatórios internos que abordam o tema. Um é o Relatório de Impacto na Proteção de Dados Pessoais (RIPD) e os outros dois são Testes de Equilíbrio de Interesses Legítimos (LIA).
No UOL, o município mostrou a entrega de documentos e outras informações. O Olhar Digital pediu à Meta um posicionamento do establishment e uma reação sobre o assunto, mas não houve reação. A área permanece aberta.
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Uma mudança na política das Big Tech permitiu que o conhecimento dos brasileiros fosse usado para implementar IA. Em julho, a ANPD proibiu o Meta de acessar informações para esse fim. Na altura, em comunicado, a empresa disse estar “decepcionada” com esta decisão.
A empresa supostamente não forneceu informações boas o suficiente para que as pessoas entendessem para que seus dados seriam usados. Além disso, no Brasil, a empresa não especificou quando isso começaria a acontecer.
A prática só foi divulgada com a publicação de um formulário em 22 de maio perguntando aos usuários se eles precisavam ou não de IA para usar seus dados. No mesmo dia, um formulário de atualização de política foi emitido.
O caso ganhou notoriedade depois que a Meta não conseguiu fazer cumprir a transferência na União Europeia (UE). A Big Tech pretendia colocá-la em prática no dia 26 de junho, mas reclamações de usuários e do governo local fizeram a corporação desistir da proposta.
Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e ultimamente colaborador do Olhar Digital.