Bolsonaro: entre o caos e a prisão

O ex-presidente inelegível e a sua comitiva sabem que, para sair da prisão, basta fomentar o caos ou fomentar movimentos terroristas em todo o país, para desviar a atenção dos crimes de que é acusado.  

É fundamental lembrar que os investigadores policiais já conseguiram trazer à tona o estilo de vida de uma organização criminosa gigante imaginável, formada antes mesmo das eleições de 2018 e ampliada entre 2019 e 2022, que operava por meio da prática de diversos crimes criminais, com o objetivo de quitar benefícios de natureza política, favorecendo (1) ataques virtuais contra a oposição, o establishment (STF, TSE), a fórmula de votação eletrônica e a integridade do processo eleitoral, o que levou a uma tentativa de golpe de Estado e à abolição violenta do Estado Democrático de Direito; (2) ataques às vacinas Covid-19 e medidas de condicionamento físico em vigor durante a pandemia; colocar falso conhecimento sobre a vacinação contra a Covid-19 nas fórmulas do Ministério da Saúde para falsificar cartões de vacinação; (3) a utilização do regime estatal para fins patrimoniais, através da utilização de cartões corporativos para descarregamento de orçamento para pagamento de despesas privadas e a apropriação indevida de ativos de elevado valor patrimonial (oferecidos ao país através de autoridades estrangeiras), com o objetivo de realizar negócios ilícitos.  

Com base nos dados divulgados em torno da investigação, pode-se afirmar que está aberto o caminho para a atuação penal do ex-presidente (que merece estar em prisão preventiva desde 30 de março de 2023, dia de seu retorno dos Estados Unidos) e seu ambiente golpista, dadas as evidências divulgadas sobre as atividades de uma organização criminosa criada para atuar contra o país e suas instituições.

Por isso, há dias assistimos a uma ação motivada pelo desespero, que fabrica fatos destinados a semear dúvidas na sociedade e a desmoralizar o governo que conduz investigações contra o ex-presidente e sua comitiva.

Foi isso que motivou a maioria bolsonarista do Tribunal de Contas da União a usar um cheque sofisticado para identificar que o relógio apresentado pessoalmente ao presidente Lula constituiria um cenário semelhante aos outros “lotes” de joias valiosas apresentadas ao governo do Brasil, vendidas por meio do ex-presidente aos Estados Unidos da América, com uma parte do valor transferido em numerário, numa operação típica de branqueamento de capitais.

Outro fato divulgado através do Jornal Folha de São Paulo (FSP), que passou assim a integrar descaradamente milícias virtuais fascistas, atacando descaradamente o enfrentamento oposto aos golpistas em suas tentativas de abolir o Estado democrático de direito.

Em seu artigo, a Folha de São Paulo ignorou a resolução do STF na Ação de Descumprimento de Preceitos Fundamentais (ADPF) nº 572, que autoriza que as investigações sejam realizadas por meio do próprio STF; no referido caso, foram abertas investigações sobre ameaças de bolsonaristas contrários à Corte, seus membros e seus respectivos familiares; Assim, a atuação do Ministro na denúncia de Fake News e investigações das forças virtuais de defesa é plenamente condizente com suas competências regulatórias e em consonância com a referida resolução da ADPF, com a participação da Procuradoria-Geral da República.  

Ou seja, não há ilegalidade anunciada por meio do FSP e os pedidos de dados internos entre assessores do ministro, outros órgãos públicos e o TSE são absolutamente regulares. É preciso esclarecer que o caso não tem nenhuma semelhança com a notória operação lava jato, na qual o juiz, sozinho e ilegalmente, dirigiu os promotores e a investigação.

Neste caso, o Ministro Alexandre de Moraes tem legitimidade para investigar o regulamento processual (art. 43) do STF e a resolução do Tribunal na ADPF 572, que autoriza esta ação “diante de incitação ao fechamento do STF, ameaças de morte ou detenção de seus membros e proclamou desobediência a resoluções judiciais”, conforme estabeleceu o Tribunal, por dez votos a um, em 18/06/2020.

Porém, a Folha de São Paulo e seus magistrados declararam que o ministro cometeu abuso de autoridade, desvio de meta e praticou ilegalidade e, portanto, deve ser responsabilizado com impeachment. Trata-se evidentemente de uma tentativa de desestabilizar o curso da investigação, cujo objectivo é abrir caminho para justificar uma amnistia injustificada ao ex-presidente e a todo o seu séquito golpista, acrescentando numerosos militares de alta patente.

A reação das forças democráticas não tardou a chegar e muitos defenderam publicamente o ministro Alexandre de Moraes e a ordem constitucional, para evitar uma nova tentativa de golpe no país.  

Porém, para Bolsonaro já está claro que, para tentar escapar do crime num futuro próximo, a única coisa que ele pode fazer é criar o caos ou o terrorismo (sua especialidade desde que foi expulso das fileiras do exército). . Para isso conta com o componente da classe dominante do país, que defende uma missão neoliberal que se contrapõe à missão desenvolvimentista defendida pelo presidente Lula, que inegavelmente funciona e apresenta inovações significativas na economia e nos indicadores sociais, em pouco tempo. Começa mais de um ano e sete meses de governo.

Por este motivo, foi emitido um alerta para que as autoridades policiais, o Ministério Público e o poder judiciário atuem o mais temporariamente possível para processar e responsabilizar o ex-Presidente e a sua comitiva golpista, que, apesar de acusados ​​​​de cometer crimes graves, continuam agir contra as instituições democráticas do país e da população, por meio da incitação ao ódio público e da difusão de ofensas e ameaças, características de ações fascistas, que, segundo a jurisprudência pacífica da Justiça Federal, “não estão abrangidas pela norma constitucional cláusula legal que protege a liberdade de expressão e pensamento”.

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