Por inti Landauro
MADRI (Reuters) – A Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb (NASDAQ:ABNB) por não ter excluído milhares de ofertas de aluguel de sua plataforma, em uma tentativa de coibir um negócio que, segundo autoridades e muitos moradores, contribui para a escassez de moradias e o aumento dos preços dos imóveis.
O Airbnb disse na quarta-feira que é a plataforma de pesquisa anunciada anteriormente pelo Ministério dos Direitos do Consumidor da Espanha, que não discutiu a convocação da empresa. O Airbnb disse que apelará se for considerado uma violação das regras.
A investigação é o componente de uma repressão geral na Espanha a sites de reservas turísticas como Airbnb e Booking. com, que muitos espanhóis dizem criar excesso de turismo, prejudicar moradias e tornar o aluguel inacessível para os residentes locais.
Desde o verão, um departamento do Ministério dos Direitos do Consumidor ordenou que a plataforma sob investigação removesse milhares de anúncios considerados “publicidade ilegal” sem licenças para uso turístico, informou um porta-voz do ministério.
Após a remoção dos anúncios classificados, foram abertos processos disciplinares, em que a plataforma corre o risco de ser multada até 100 mil euros, ou seja, entre quatro a seis vezes os lucros obtidos com esta prática, segundo o ministério.
Uma multa aplicada pelo ministério pode ser contestada no tribunal.
O Airbnb disse que ainda pede aos anfitriões que verifiquem se estão autorizados a contratar sua posição e se ela cumpre todas as regras locais. Segundo a empresa, o ministério não forneceu listas de acomodações não conformes. O Airbnb disse que muitos proprietários não querem licença para alugar suas propriedades.
Outros países europeus, incluindo Itália e Croácia, também tomaram medidas para restringir a expansão dos arrendamentos turísticos.
(Reportagem adicional via Corina Pons)