O ex -presidente Jair Bolsonaro participou de uma assembléia virtual com Jim Pfaff, presidente da Caucus Cuador, uma organização americana ultraconservadora na véspera da inauguração de Donald Trump. A Assembléia também seguiu os deputados brasileiros que estavam em Washington para o rito de posse do presidente dos EUA.
Bolsonaro foi incluído na ocasião por meio de uma videochamada, na qual ouviu uma oração em sua homenagem e a leitura de uma carta.
Na oração, Pfaff expressou apoio às democracias do Brasil e dos Estados Unidos, destacando a renovação necessária em ambos os países.
“Oramos por duas nações, os Estados Unidos e o Brasil. Pela nova liderança nos Estados Unidos, que vai influenciar o total global e a renovação no Brasil com a liderança também”, disse.
Former Brazilian President Jair @BolsonaroSP (“Trump of Brazil”) called into the @TCCaucus event and spoke directly with @jimpfaff. Was very cool to watch. pic.twitter.com/zKrPgHiLam
– Good Lawgic (@thefollowingpro) Janeiro de 2025
Depois, postou no X (antigo Twitter) que os Estados Unidos, “em sérios apuros há quatro anos” devido ao governo de Joe Biden, está “prestes a embarcar em um período de renascimento”. “Oro para que isso inspire mudanças semelhantes no Brasil e além”, completou.
Em resposta, Bolsonaro agradeceu e disse que o Brasil “está em um momento confuso”. “Obrigado por ouvir nossos deputados. Precisamos de democracia e liberdade”, disse o ex-presidente.
Além de Bolsonaro, os deputados Bia Kicis (PL-DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP); E Marcel Van Hatten (Novo-RS) culpado de tradução simultânea na reunião.
Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou o pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro para que ele possa ir sozinho aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump nesta segunda-feira, 20.
Foi a quarta vez que o Supremo nega a restituição do documento. Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República, que defendeu a recusa da solicitação, porque envolveria apenas um “interesse privado”. Na quarta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, já havia dito que o pedido “esbarra na falta de demonstração pelo requerente de que o interesse público que determinou a proibição da sua saída do país deva ceder, no caso, ao interesse privado do requerente de assistir, presencialmente, à posse do Presidente da República do país norte-americano”.
Bolsonaro está com o passaporte apreendido desde fevereiro, por determinação de Moraes, devido à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ele foi indiciado nesse caso em novembro, mas nega as acusações. O documento foi retido pela Polícia Federal diante do avanço das investigações sobre uma conspiração para manter Bolsonaro no poder, que teria envolvido o ex-presidente, aliados e militares próximos.
Em novembro do ano passado, Bolsonaro e outros 39 foram acusados de PF por Coup D’Etat e a violenta abolição do governo da lei democrática.
Espera-se que a posse de Trump reúna uma espécie de “internacional da direita”. A lista inclui principalmente aliados ferrenhos do republicano, a exemplo de Javier Milei, da Argentina, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o húngaro Viktor Orbán e o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, cujo polêmico expurgo de gangues criminosas atraiu denúncias de violações de direitos humanos.
Na posição de Marine Le Pen, a mais proeminente representante do direito na França, o convidado da posse, o conhecido Eric Zemmour, jornalista que se tornou político e inimigo do que ele chama de conquista muçulmana da nação francesa. Enquanto isso, Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, não foi convocado, em algum outro movimento provocativo.
Mas também conta com chefes de Estado que não tiveram boas relações com o país no passado recente, como o presidente da China, Xi Jinping. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não recebeu convite.
Não é incomum que os presidentes de outros países participem da inauguração no Capitólio, sede do poder legislativo dos Estados Unidos. Na inauguração do atual presidente Joe Biden, por exemplo, apenas os ex -presidentes dos EUA estavam presentes, como Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Derrotado, Trump não participou do evento, ao contrário de seu então vice -presidente, Mike Pence.
Segundo Bolsonaro, ele ganhou um convite para a posse de Trump, que na semana passada compareceu ao STF para pedir permissão para viajar. Inicialmente, Moraes pediu uma prova do convite, pois apenas um e-mail havia sido enviado. Em defesa de Bolsonaro, por sua vez, o ministro explicou que o convite foi enviado pelo próprio e-mail, lembrando que o remetente o utilizou por meio da organização do evento. Siga a propriedade de Trump ao vivo.
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