Bolsonaro afirma ter sido uma “viagem única” e insiste que Moraes compareça à posse de Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com recurso nesta quinta-feira, 16, no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que barrou sua viagem para participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump.

A defesa sugere dois caminhos: que o ministro reconsidere a própria decisão ou que envie o pedido para julgamento colegiado no plenário do STF.

O recurso foi apresentado poucas horas depois da decisão de Moraes. Bolsonaro está correndo contra o tempo. A posse de Trump será no dia 20, em Washington.

O ex-presidente está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, por suspeita de envolvimento em um plano de golpe após as eleições de 2022. Bolsonaro foi indiciado no caso.

A apreensão do passaporte é uma medida de precaução para salvar a fuga prevista na pesquisa e no processo. Bolsonaro já disse em entrevistas que se sente “perseguido” pela fórmula da justiça e não descarta se refugiar em uma embaixada.

Os criminosos Paulo Amador Da Cunha Bueno e Celso Sanches Vilardi, que coordenam a defesa do ex-presidente, que seu passaporte ficou guardado por um ano, mesmo sem denúncia formal. “O tempo é excessivo, principalmente quando se trata de medidas sérias e, sobretudo, porque nem mesmo uma acusação é mostrada”, criticam.

Bolsonaro foi acusado pela Polícia Federal como componente do golpe de Estado, mas cabe ao procurador-geral Paulo Gonet redigir a denúncia, que interfere neste semestre.

A defesa indica ainda que o ex-presidente “já demonstrou, de forma concreta e objetiva, seu objetivo de permanecer no Brasil” e cita a Argentina como exemplo para a posse de Javier Milei, em dezembro de 2023. Segundo os advogados, o advogado de Moraes a decisão “centra-se em meras conjecturas”.

“As precauções impostas ao peticionário (Bolsonaro) foram integralmente respeitadas. E, portanto, nada dá a entender que a regressão pontual do passaporte, por um período explicado e justificado, possa colocar em causa essa realidade. É certo que, ao retroceder, o passaporte voltará assim que se possa imaginar a este tribunal federal”, diz um trecho do recurso.

Os advogados também neutralizaram os argumentos do Gabinete do Procurador -Geral (PGR), que se opuseram à viagem. Em sua manifestação, Gonet disse que o passaporte do ex -presidente permaneceu por “razões de ordem pública” e que a viagem, por sua vez, por sua vez, por sua vez. Não atende ao interesse público. O PGR Cavó que Bolsonaro precisa participar da ocasião para “satisfazer o interesse pessoal”. A defesa, por sua vez, indica que Bolsonaro convidou como ex -presidente e “político ativo”.

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