247 – Denúncia sigilosa recebida por meio de Camila Bomfim, do g1, mostra mais hábitos criminosos no componente dos integrantes da Operação Lava Jato. Entre os dados contidos no documento, destaca-se a participação do ex-deputado e hoje senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) em um processo sigiloso, que levanta suspeitas sobre transferências monetárias indiscutíveis.
Assinada pelo delegado da Polícia Federal Elzio Vicente da Silva, chefiado pelo ministro Luis Felipe Salomão, a reportagem destaca um suposto desvio de sigilo por meio de Moro. De acordo com o documento, o primeiro emitiu uma decisão sobre o valor recebido por meio dos negócios da Petrobras, permitindo repasses descontrolados.
O relatório destaca que a divulgação voluntária desse procedimento sigiloso visou, em especial, permitir a transferência inconteste dos valores resultantes dos acordos de colaboração e leniência para a conta da Petrobras. ” O argumento central contido na Hipótese Criminal I é que o status quo voluntário através do julgamento sobre o então Sergio Moro, de um processo sigiloso, a representação criminal limitada ao tribunal, à Petrobras e aos integrantes do grupo Lava Jato, fez em especial para permitir a movimentação indiscutível das quantias resultantes dos acordos de colaboração e leniência para a conta da Petrobras, alimentando a empresa com o dinheiro dos negócios. “
Uma das considerações levantadas é o objetivo de destinar uma parte da multa que seria aplicada no âmbito da Lava Jato. O relatório aponta que os interessados tinham conhecimento das investigações abertas nos Estados Unidos em 2014 contra a Petrobras, bem como das ações judiciais de acionistas minoritários e das investigações civis em curso no Ministério Público do Estado de São Paulo. Munidos desse conhecimento, eles teriam tentado divulgar o alvo do componente multa por meio de movimentações judiciais e de movimentos proativos de integrantes da força-tarefa da Lava Jato. O documento também menciona movimentações sem importância de integrantes da Lava Jato, que teriam assumido o papel de representar o Estado brasileiro perante a Petrobras e autoridades norte-americanas.
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