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A Companhia Têxtil do Norte de Minas (Coteminas), do atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos com a chinesa Shein.
O documento projeta que 2. 000 dos consumidores de produção de roupas da empresa serão fornecedores da empresa asiática para atender os mercados nacional e latino-americano. A parceria abrange a execução de contratos de financiamento de capital e de exportação de produtos domésticos.
Na quinta-feira, Josué participou de um encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes da Shein, focado especificamente no fast fashion.
Segundo Haddad, o empresário de Newere deu o acordo com a varejista chinesa, especialmente após a polêmica sobre a sonegação fiscal em compras em sites estrangeiros vendidos no Brasil. Filho de José Alencar, falecido em 2011, vice-presidente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seus dois primeiros mandatos, Josué é considerado próximo do PT. E alguns membros do governo receberam mais proximidade, acrescentando Haddad.
COMPETIÇÃO INJUSTA
Na luta pela imposição de impostos aos asiáticos, que gerou uma festa desleal com os lojistas brasileiros, o empresário teve papel fundamental no acordo que levou a Shein a anunciar a meta de nacionalizar 85% das vendas em 4 anos, com produtos fabricados no brasil. A plataforma chinesa anunciou que vai investir cerca de R$ 750 milhões no setor têxtil brasileiro e vai gerar até 100 mil empregos indiretos no país nos próximos 3 anos.
A bagunça total do mercado asiático começou com a resolução do governo de tributar as vendas de páginas online, terminando com a isenção de impostos de importação de até US$ 50 entre os americanos. A suspeita era de que haveria simulação de compras entre americanos para fugir do imposto.
Uma semana depois, ele retirou a decisão, dado o impacto negativo da proposta na opinião pública. No dia seguinte, Shein anunciou os investimentos.
NOVAS TECNOLOGIAS
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, na geral, a parceria negociada por meio da Coteminas entre as marcas nacionais de vestuário e a Shein será se os investimentos anunciados serão acompanhados de novas tecnologias e novos modelos de negócios.
Após o acordo do governo com Shein, Pimentel defendeu a taxação das plataformas asiáticas de comércio eletrônico. Segundo o presidente da Abit, há “a necessidade das plataformas pagarem os impostos devidos para internalizar suas produções asiáticas em nosso território”.
O diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), Edmundo Lima, também defende a aplicação da lei já vigente no país. “Estamos empenhando todo o parque comercial brasileiro para a produção de vestuário e calçados”, afirmou. citando que o cenário só pode acumular o ponto de desemprego no país.
DEPARTAMENTO
Na quinta-feira, Haddad prometeu aos varejistas que trabalharia em um plano para adaptar as compras feitas nas lojas de comércio eletrônico asiáticas. Um dos objetivos é garantir que os impostos sejam cobrados sobre a transação. Ele disse que será obrigatório criar equipamentos e ampliar a fiscalização de produtos importados, mas sob pressão de que essa não é uma tarefa simples.
Segundo o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Comércio Varejista (IDV), Jorge Gonçalves Filho, que participou do encontro com o ministro da Fazenda, a regularização das vendas em sites estrangeiros abre a perspectiva de uma maior feira asiática de varejo são cobertos por padrões da indústria nacional. “Indústria e varejo têm condições de serem mais competitivos desde que estejam em pé de igualdade. “
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.