Nazi-fascistas FMI e BCI para derrubar a democracia no Brasil e Argentina para ficar mais perto da China

Jornalista político-econômico, editor da Independência Sul Americana

A direita está determinada a não deixar a esquerda governar mais de um mandato na América Latina.

Os peronistas-kirchnetistas de 2003-2007 e 2007-2015 na Argentina, Néstor e Cristina, lideraram a esquerda social-democrata argentina, na fase progressista latino-americana.

A ruptura neoliberal de Mauricio Macri foi um desastre, substituído por Fernández incapaz de assumir o legado maldito.

Sem segurança para desempenhar um novo mandato, cercado pelo neoliberalismo radical do FMI, Fernández renuncia à sua reeleição diante da cisão dentro das forças peronistas suscetíveis ao radicalismo com o qual compartilha.

Mas, ao mesmo tempo, Macri, tendo sido um fracasso total, agora não está satisfeito com o desafio, por medo de fracassar.

Assediada pelos fascistas, que tentaram assassiná-la e ainda sujeita à lei e a notícias falsas de todo tipo, Cristina, convocada para um novo mandato, também enfrenta o departamento de justicialismo cercado pelo FMI com seu radicalismo financeiro em condições de ser sabotado por mais peronismo uma vez.

Resultado: nem a direita ultraneoliberal inspira confiança na população socialmente excluída, nem a esquerda peronista dividida tem unidade para ser a eventual vencedora após o caminho para a inflação de 70% que destruiu as forças através de Fernández.

Quem preencherá o vazio?

LULA VOLTOU A SER ATACADO PELA EXTREMA-DIREITA

Vitorioso por uma margem estreita que encoraja os nazifascistas a atacar o governo em suas primeiras horas de governo volátil, Lula é sabotado por todo o radicalismo ultraliberal que se arma para derrubá-lo, como se a democracia brasileira fosse uma brincadeira de criança travessa .

As promessas de uma governança social-democrata ou socialista, com maior distribuição da fonte de renda e avanços sociais, foram a isca capaz de recrutar o eleitorado de esquerda.

Mas, a ala apoiada por especuladores rentistas tem a resistência de sete gatos.

Na ausência de situações que ofereçam outra coisa que não seja compressão orçamental e financeira, incapazes de assegurar a governação e o desenvolvimento sustentável, dada a sua dependência crónica da poupança externa, imposta através dos ditames do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, a direita não tem segurança eleitoral a longo prazo.

Essas duas ferramentas institucionais de governança imperialista dos Estados Unidos postas em prática após a Segunda Guerra Mundial colocam os países da periferia capitalista, ou seja, da América Latina, sob severos grilhões controlados por meio de políticas fiscais e financeiras articuladas através dos bancos centrais, obedientes à banca pessoal, do que fazer expansão econômica com justiça social.

Estão resistindo o 3º mandato de Lulista da forma mais produtiva, porque se funcionar, em sintonia com os interesses populares, garantiria o quarto ou 5º mandato, deixando a direita à deriva por muito tempo.

aula de história

Após a crise da dívida dos anos 1970, quando o excesso de liquidez global em dólares levou o Banco Central dos Estados Unidos (FED) a elevar as taxas de juros de 5% para mais de 20%, no apelo à salvaguarda do dólar, os países devedores foram falida e América Latina As ditaduras militares desapareceram.

O longo prazo da esquerda abriu-se para um longo prazo teoricamente promissor.

O jogo do Fed de aumentar drasticamente as taxas de juros, como Paul Volker fez em 1979, reposicionou ditadores e colocou em prática as prescrições do Consenso de Washington para impor a governança neoliberal: metas de inflação, superávit número um e taxas de câmbio flutuantes.

Com essa estratégia, os bancos centrais da periferia, que não respondem aos governos nacionais eleitos, mas ao Banco de Compensações Internacionais (BIS), o chamado banco central dos bancos centrais, com sede em Basileia, apesar de tudo ordenado através do Fed imperialista, substituíram a ditadura militar pela ditadura monetária, após a Guerra Fria dos anos noventa.

UM TRIPÉ NEOLIBERAL SUBSTITUI A DITADURA MILITAR

É o caso, por exemplo, do Banco Central Independente (BCI) do Brasil.

Em vez de mobilizar o exército para engajar os preços, derrotando os sindicatos, o BIS e o Fed começaram a orientar os bancos centrais para quadros no tripé neoliberal: superávit número um, meta de inflação e taxa de câmbio flutuante.

Aqueles que mantêm esse ajuste estão sujeitos a reformas neoliberais: cortes salariais, pensões espremidas, cortes nos gastos com saúde, educação e infraestrutura na demanda por ajustes sociais.

O diagnóstico da ditadura monetária de que a inflação surge do excesso de demandas, de modo que é necessário um alívio geral nos gastos, ignorando-o como investimento, chamado para o consumo.

Essa tática tem o Santo Graal do noticiário econômico, para ajustar os economistas capitalistas periféricos para fazer certas contas de juros e amortização da dívida, enquanto acelera a privatização do petróleo e dos minerais, liberados das letras ICMS em produtos número um e semiacabados, para garantir que a potência do setor pessoal, uma vez que o setor público, aos olhos do BRI-FED-BCI, é incompetente.

INCOMPATIBILIDADE COM A DEMOCRACIA

A contradição insolúvel que emerge é que o ajuste neoliberal é impopular, porque garante um voto nas urnas.

A democracia torna-se um impedimento e exige a derrubada de governos democráticos que prometem distribuir a fonte de renda e a vida das pessoas.

No Brasil, por exemplo, após a queda do regime militar, derrubado pelo ajuste necessário para impor medidas capazes de pagar a dívida externa contraída por meio do exército nacionalista, os governos neorrepublicanos não fizeram cortes fiscais e financeiros.

Tiveram que usar magia para combater a inflação, do governo FHC.

O presidente Tucan supervalorizou a taxa de câmbio para obter um mandato momentâneo, nunca mais vencido nas urnas.

Ele baixou a inflação, mas a dívida interna explodiu, que mais tarde, com Lula, internalizou a dívida externa.

O FHC deixou uma dívida impagável, a inflação, as privatizações, o desequilíbrio cambial, a desindustrialização e o desemprego, que o deixaram sem capacidade de gerar políticas sociais, uma vez que foi obrigado a taxas de juros bem acima do crescimento do PIB, gerando desigualdade social e instabilidade cambial. . etc.

DIREITO A UM MANDATO ÚNICO

Para ganhar dois mandatos, FHC teve que se ajoelhar duas vezes diante do FMI.

Como resultado, os tucanos não ganham mais a eleição do PT e só conseguem se juntar à extrema direita para derrotar Dilma Rousseff em 2016, salvar a candidatura de Lula em 2018 e impor a capitulação do governo Temer e o neofascismo de Bolsonaro. .

O bolsonarismo, sem apelo popular, não reeleito, tentou dar um golpe nazifascista e, na expectativa de novas derrotas por vir, armou novos golpes, como o de 8 de janeiro de 2023, prefigurando que Lula não deixaria Lula governar com um calendário social e uma economia sustentável.

Para torná-lo inalcançável, depois de prendê-lo sem provas, através da farsa da Operação Lava Jato, armaram o golpe monetário do Banco Central Independente (BCI) que se opõe a ele e busca salvá-lo de ir contra a China e a Rússia.

FERNANDEZ e CRISTINA NAKED

Eles devem impor o mesmo velho procedimento colonialista à Argentina.

O presidente Fernández, sob o derramamento de sangue do FMI, que corta seus créditos e impõe uma terapia ultraneoliberal ortodoxa, sofre o revés do avanço na Casa Rosada, antes da celebração das eleições iniciais (ODEPA), aos aspirantes que tomarão posse em outubro, para derreter o jogo eleitoral, uma vez que o candidato da direita, Mauricio Macri, teve que se retirar porque era inatingível para os objetivos do direito ter um candidato competitivo.

Eles foram para a direita para procurar um candidato que existisse para conquistar os peronistas, enquanto levavam os aliados de Perón à impossibilidade de uma forte candidatura unitária.

Ao mesmo tempo, lança a guerra contra essa candidata que tem que seguir a proposta peronista-kirchenista, sujeitando-a a um procedimento de lawfaire e fake news, construído no laboratório da direita em conluio com Washington e o FMI, intransigente diante da opção de que a esquerda, mais uma vez, ganhe nas urnas.

Há um procedimento transparente de provocação nazifascista na Argentina para evitar fontes de políticas de distribuição de renda por meio de mudanças fiscais que salvem a sobrevivência da democracia.

TIO SAM NÃO QUER O BRASIL E

ARGENTINA PERTO DA CHINA

Toda a moção de direita nazifascista pró-Washington anunciada na Argentina e no Brasil visa unir as forças democráticas do Brasil em Buenos Aires para se aproximar da China, para que os chineses possam anunciar a indústria entre os dois países em moedas locais.

Isso seria um golpe para a Doutrina Monroe.

Kristina Wazileva, diretora-gerente do FMI, criticou o governo Fernández, levantando todo tipo de dificuldade para liberar recursos para Buenos Aires, que está presa em sua política cambial.

O carrasco do FMI disse na assembleia da entidade em Washington que entende as dificuldades da Argentina diante da seca que castiga o país, devido à inflação, que ultrapassou os 70%, mas que espera maiores esforços de Fernández para fazer o ajuste fiscal necessário. .

Ou seja, que ele mexe os cordelinhos para enforcar os argentinos.

FMI = BCI

O FMI se comporta em relação à Argentina da mesma forma que o BCI brasileiro trata o governo Lula.

Finge perceber que o arcabouço fiscal e financeiro de Fernando Haddad está no caminho certo, mas o leva em conta como algo capaz de reduzir as taxas de juros para anunciar a retomada do crescimento econômico sustentável.

Utiliza as regras do BCI, atento não aos interesses do Brasil, mas aos do Banco de Compensações Internacionais (BIS), em linha com os objetivos da fórmula monetária especulativa estrangeira cuja visão é elevar as taxas de juros para continuar garantindo uma expansão ilimitada do capital especulativo rentista sem correspondência com a economia genuína.

Essa estratégia ultraneoliberal prospera na ditadura porque é incompatível com a democracia.

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