O governo espanhol anunciou na segunda-feira sua meta de impor impostos de até 100% sobre o preço de bens comprados por cidadãos de países fora da União Europeia.
Ao anunciar a medida, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que era obrigatória para enfrentar a crise imobiliária do país, onde o custo dos imóveis está fora do alcance de muitos.
“O Ocidente enfrenta um desafio decisivo: não se tornar uma sociedade dividida em duas classes – os ricos proprietários e os pobres inquilinos”, disse ele.
A medida visa restringir a aquisição de casas por meio de “estrangeiros que sejam cidadãos da União Europeia” e dar prioridade aos cidadãos do bloco. Sánchez disse em um fórum econômico em Madri que os não europeus compraram 27. 000 casas na Espanha em 2023, “para morar lá”, mas “para se beneficiar delas”.
A Espanha virou um destino cada vez mais atraente para indivíduos que investem em imóveis dedicados a aluguel para turistas em lugares como Ibiza, Marbella e Barcelona.
O primeiro-ministro espanhol também destacou a magnitude da crise imobiliária: os custos dos ativos aumentaram 48% na última década em toda a Europa.
Outras medidas anunciadas por meio de Sanchez na segunda-feira incluem a expansão da fonte de habitação social, oferecendo incentivos para aqueles que renovam e alugam casas vazias a preços e reprimindo os aluguéis sazonais, como casas reservadas para serviços do Airbnb. Também revelou regulamentos mais rígidos e impostos mais altos sobre apartamentos de aluguel por temporada.
No entanto, o Primeiro-Ministro forneceu detalhes sobre como os planos funcionariam ou quando seriam finalizados e enviados ao Parlamento para aprovação.
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