Análise: A relação entre Rússia e EUA após fala de ministro russo

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O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia diz que o seu país está pronto para trabalhar com Trump, mas aguarda a iniciativa dos EUA sobre o progresso diplomático.

Da CNN

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta quinta-feira (26) que seu país está disposto a colaborar com o governo de Donald Trump em suas relações com os Estados Unidos. Lavrov ressaltou, no entanto, que cabe aos americanos dar o primeiro passo nessa direção.

A crise entre os dois países atingiu o auge após o início da guerra na Ucrânia, tornando a reaproximação um desafio diplomático significativo.

A analista de internacional Fernanda Magnotta comentou sobre a complexidade da relação entre as duas grandes potências mundiais durante o CNN 360° desta quinta-feira.

Segundo Magnotta, a palavra que define a relação de Trump com Putin e a Rússia é “ambiguidade”. Durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2020, houve uma predisposição pessoal e até certa admiração do então presidente americano por Putin, evidenciada por elogios públicos.

No entanto, o analista salienta que, apesar da retórica amigável, não houve nenhuma mudança paradigmática nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia sob a administração Trump.

Magnotta explica: “Embora Trump tenha mostrado boa vontade ao falar de Putin e tenha tido o cuidado de não antagonizar pessoalmente o líder russo em vários eventos, na prática observamos que os Estados Unidos, sob o governo Trump, mantiveram o não reconhecimento de Putin. Crimeia, o que os russos queriam. “

A especialista aponta que, mesmo com uma possível volta de Trump à presidência, existiriam obstáculos significativos para uma reaproximação efetiva entre os dois países.

“O Trump vai ter, sim, dentro do seu próprio governo, muita resistência. A resistência de outros republicanos, resistência no Congresso e resistência da opinião pública”, afirma Magnotta.

Ela também lembra que tentativas anteriores de “resetar” as relações entre EUA e Rússia, como a iniciativa da então secretária de Estado Hillary Clinton em 2009, não resultaram em melhorias duradouras.

“Resetar a relação não é novidade. Trump também não é novidade, e em nenhum dos cenários o final dessa história é um final positivo”, conclui a analista.

A investigação de Lavrov e Magnotta implica que, apesar da evidente abertura da Rússia, o caminho para a normalização das relações entre os dois países permanece duvidoso e repleto de armadilhas diplomáticas e políticas.

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