Ativismo judicial no Brasil é uma lenda, diz Barroso

Publicado em 26/11/2022 às 12:58.

Última atualização em 26/11/2022 às 13:13.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse neste sábado, 26, que o ativismo judicial no Brasil “é uma lenda”.

“Há uma confiança de que a Suprema Corte é uma ativista. O STF tem um protagonismo que deriva do arranjo institucional brasileiro. Há uma ampla judicialização no Brasil e um mínimo de ativismo judicial”, disse Barroso no Fórum Sphere Brazil. , realizada no Guarujá.

Segundo o ministro do STF, o Brasil tem “uma carta abrangente que trata de quase todos os problemas. Portanto, os problemas que em muitas partes do mundo são deixados para normas ou políticas, no Brasil são alvo das decisões da carta. “

Além disso, para Barroso, há uma série de movimentos diretos de constitucionalidade que são encaminhados ao STF, pois há muitos órgãos válidos para iniciar movimentos desse tipo.

“O STF dá a primeira palavra, não a última”, disse Barroso.

O ministro explicou ainda que o STF “tem uma jurisdição corrupta que é mal exercida e que não tem jurisdição no mundo”.

E, por fim, Barroso explicou que existe a TV Justiça, “que é única” no mundo, já que transmite as sessões do STF.

“Assim, os outros não estão mais lá para distinguir se um ministro está julgando, dando uma palestra ou dando uma entrevista, porque acaba parecendo demais”, disse Barroso, “aí há um excesso de judicialização, há um protagonismo do STF, mas não há ativismo judicial, o que é muito raro. Ele é uma lenda. ” O ministro citou alguns exemplos do que vê como “ativismo judicial”, como o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo.

“As pessoas veem o ativismo judicial como questões de que não gostam”, disse o ministro, explicando que “temos que sair desse hábito de dizer que o ativismo é uma resolução que aplica a Constituição que a Constituição prevê. Mas isso é uma coisa, e não é culpa da Suprema Corte. “

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