Salão de beleza e “loja”: voluntários de abrigos da capital se mobilizam pelo bem-estar dos vizinhos

Para levar alegria e leveza às cerca de 150 pessoas acolhidas pela Uniritter, uma equipe de professores, acadêmicos e voluntários promove atividades lúdicas e humanizadoras para os pacientes abrigados no Campus Fapa, em Porto Alegre. Assim, sessões de cinema com pipoca, cortes de cabelo, esmaltes, oficinas de desenho e jogos para jovens são alguns dos movimentos que animam esse outro regime para quem está fora de casa há mais de uma semana, desde o início. Alagamentos em todo o estado.

O coordenador do abrigo, Lisandro Martins da Silva. Ele explica que é necessária uma adaptação imediata para organizar diversas frentes de atuação, dado o desafio de estruturar um abrigo e acolher outras pessoas em menos de 24 horas. “Nosso objetivo é ter uma perspectiva humana, levando amor e um pouco de alívio e dignidade às famílias. Neste cenário, ver a solidariedade e o comprometimento dos nossos voluntários também é uma motivação maravilhosa. Por isso é gratificante ver que podemos trazer esperança neste momento tão delicado”, afirmou. A coordenadora do setor de doação de roupas, Karina Fernandes, diz que as roupas, sapatos e brinquedos doados são organizados em “lojas”, separadas por comprimento e tipo, para que outras pessoas possam decidir quais peças precisam. São gestos que parecem simples, mas que fazem a diferença para quem saiu de casa vestido e nada mais. “Precisamos que as pessoas tenham força para escolher suas roupas, de acordo com suas necessidades. Com isso criamos um conceito de loja, e isso dá autonomia a eles nessa decisão. “Ouvimos feedback positivo todos os dias e temos certeza de que estamos fazendo a diferença”, diz ele.

Com o apoio de voluntários e bons profissionais, foi criada uma sala para contribuir para uma maior autoestima das outras pessoas que se hospedam. Corte, hidratação e escovação fizeram parte do trabalho proposto. É o cuidado, o carinho que faz os outros se sentirem maiores. É uma forma de fazer qualquer coisa pelos outros neste momento”, diz Wesley Marinho Silva, cabeleireiro e morador da Cidade Baixa, que também precisou sair de casa por causa das enchentes. e mora na Uniritter hostel. In setor de alimentação, voluntários, chefs agregadores, da rede e estagiários do curso de gastronomia da Uniritter, estão empenhados no preparo das 4 refeições diárias. O cardápio é supervisionado por professores de nutrição e acadêmicos, para garantir uma alimentação equilibrada e segura para crianças, adultos e idosos. O chef voluntário José Trapp informa que há cerca de 1. 500 marmitas para outras pessoas que estão hospedadas e que serão encaminhadas para espaços componentes e na linha de frente do resgate.

Na caixa fitness, voluntários dos cursos de fisioterapia, psicologia, enfermagem, serviço social, farmácia e odontologia atendem as demais pessoas acolhidas, e o setor médico passou a ser chamado de Farmácia Solidária. No local, os medicamentos são organizados de acordo com a vontade. de familiares indicados através dos voluntários nas áreas. Para os pets, a equipe de Medicina Veterinária cuida de mais de 30 cães, 20 gatos e 3 animais silvestres. “Além dos cuidados físicos, também fazemos caminhadas diárias para manter os animais confortáveis. “Os tutores também têm momentos de interação e animais do mesmo círculo familiar podem brincar juntos”, explica Marília Valandro, professora de medicina veterinária da Uniritter.

E com o frio, as estagiárias de design de moda estão fazendo o curso de confecção de roupas externas e cobertores nesta semana. A meta é fazer 13 mil peças, somando outras gigantes, com tecidos arrecadados graças a doações de empresas têxteis. A produção será destinada a gaúchos abrigados em abrigos no RS. A costura é realizada por quarenta e cinco voluntários, nos laboratórios dos campi Fapa e Zona Sul, na Capital e em outras 3 oficinas de cônjuges.

As inscrições são abertas ao público.

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