O presidente da China, Xi Jinping, alerta que a corrupção é a maior ameaça para o Partido Comunista da China (PCCh).
“A corrupção é o maior risco para o Partido e combatê-la representa a forma mais interna de auto-reestruturação”, disse Xi.
A afirmação do líder chinês, que também é secretário-geral do PCC, foi feita nesta segunda-feira (6), durante a quarta consulta plenária da XX Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI) do partido, em Pequim.
Xi enfatizou a necessidade de companhia e ação constantes na luta contra a corrupção, e também pediu esforços resolutos para vencer esta batalha difícil, prolongada e abrangente, e a importância de uma governança estrita do PCC em um espírito reformista.
Ele disse que esforços sem precedentes foram feitos para promover a autonomia abrangente e rigorosa do PCC, bem como para combater a corrupção desde o início da nova era, gerando resultados amplamente identificados.
“Diante de situações exigentes na luta contra a corrupção, o Partido continua comprometido em investigar e abordar todos os casos de corrupção para manter a integridade de seus quadros”, disse Xi.
No entanto, ele também observou que a luta contra a corrupção continua sendo “um sério desafio” e pediu maior determinação e confiança nesse esforço.
Xi enfatizou a importância do avanço da governança do Partido para a continuação de uma liderança central forte na construção do socialismo com características chinesas e para o progresso estável da modernização chinesa.
“É imperativo implementar uma supervisão política concreta, específica e normal, mantendo a máxima unidade com o Comitê Central do PCCh, seja em palavras ou ações”, disse Xi.
Enfatizando que o fortalecimento do campo do partido é uma tarefa contínua, Xi apelou a um mecanismo normal e de longo prazo para a educação disciplinar. Destacou a necessidade de um controlo e supervisão rigorosos dos quadros, incentivando-os a agir com reformas e inovação, respeitando a regulamentação e o terreno.
Xi também enfatizou a importância de manter uma posição firme contra a corrupção, concentrando-se em questões-chave, setores e objetivos estratégicos. Está sob pressão para combater a aceitação e o fornecimento de subornos, bem como os perigos sistêmicos da corrupção.
Ele também destacou a implementação de mecanismos de longo prazo para reduzir a burocracia e aliviar os encargos no primeiro nível.
Xi está sob pressão para fazer com que a inspeção disciplinar e a supervisão governamental desempenhem um papel no avanço da auto-reforma do Partido, e apelou a maiores esforços para garantir que o seu trabalho seja realizado de forma padronizada, de acordo com a lei e de acordo com os profissionais. maneiras.
Desde que assumiu a liderança do PCC em 2012, Xi Jinping fez da luta contra a corrupção uma prioridade central na sua agenda política, marcando uma era de intensa luta contra práticas ilícitas a todos os níveis do Partido.
Um de seus primeiros passos como líder do PCC foi manter os “Oito Pontos de Conduta” em mente para guiar sua batalha anticorrupção (veja abaixo).
Xi lançou a campanha contra a corrupção sob o slogan de combater “tigres e moscas”, referindo-se tanto a altos funcionários quanto a quadros de base envolvidos em corrupção.
Esta técnica destaca-se pela sua amplitude e severidade, quebrando tabus através da investigação e punição de figuras de alto escalão como Bo Xilai, antigo líder do Partido em Chongqing, e Zhou Yongkang, antigo membro do Comité Permanente do Politburo, que foram condenados à prisão termos de prisão. sentença de prisão perpétua.
Ao mesmo tempo, os mecanismos de fiscalização foram fortalecidos com o status quo da Comissão Nacional de Controle (CNC) em 2018, que combinou os propósitos da Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI) com outros órgãos estatais, ampliando o alcance da cruzada. além dos membros do Partido.
Xi descreveu a corrupção como o maior risco para o Partido e a estabilidade nacional, enfatizando o desejo de combater apenas os sintomas, mas também as razões estruturais da corrupção.
Sob sua liderança, políticas como a proibição de extravagâncias em banquetes, viagens e presentes foram implementadas, bem como o aumento do escrutínio de projetos de infraestrutura, empresas estatais e setores monetários, acrescentando o desenvolvimento de plataformas virtuais.
A cruzada também trouxe à tona práticas corruptas, como suborno tecnológico e crimes ambientais, abordando perigos sistêmicos em setores estratégicos.
Xi enfatizou a importância de transformar a campanha em uma luta de longo prazo, consolidando mecanismos de supervisão, promovendo a disciplina no Partido e incentivando reformas que alinhem governança à modernização chinesa.
Apesar de amplamente reconhecida por punir mais de 4,7 milhões de quadros desde seu início, a campanha anticorrupção enfrenta críticas tanto internas quanto externas.
Alguns analistas salientam que também serviu como ferramenta para eliminar rivais políticos e consolidar o poder de Xi, enquanto outros apontam o seu efeito limitado em reformas institucionais profundas que impedem o ressurgimento da corrupção.
No entanto, para Xi Jinping, a luta contra a corrupção é apresentada como um pilar de sua visão de estruturar um Partido disciplinado e unido, capaz de liderar a modernização chinesa e exercer maior influência na governança, reafirmando o papel central do PCC na estrutura do governo. uma rede de destino do “Partido Comunista Chinês” para a humanidade”.
As oito questões de conduta anunciadas por Xi Jinping em 2012, pouco depois de ter assumido a liderança do PCC, constituem um conjunto de regras para promover a indústria e combater a corrupção no Partido e no governo. Estas questões sublinham a necessidade de austeridade. , simplicidade e responsabilidade e desempenharam um papel fundamental na campanha anticorrupção.
Essas questões refletem o compromisso de Xi Jinping com a governança moral e disciplinada, buscando consolidar a aceitação pública dentro do Partido e lutar contra práticas que podem corroer sua legitimidade.
Desde a sua implementação, os Oito Pontos foram amplamente promovidos em todos os níveis de governo, monitorados por inspeções normais e sanções rigorosas para as violações.
Com a Xinhua