MANHUAÇU (MG) – Há quase dois anos, um grupo de amigos realizam uma peregrinação solidária pelas ruas de Manhuaçu levando alimentação, um abraço e uma palavra amiga às pessoas que vivem em situação de rua em Manhuaçu e também para os pacientes, acompanhantes e funcionários da UPA de Manhuaçu.
O Projeto Evolução é coordenado por um grupo religiosos e acontece todos os sábados. “Temos que sair da nossa zona de conforto e pensar um pouco mais no próximo, não custa nada fazer o bem às pessoas. Então iniciamos esse projeto a quase dois anos e nos reunimos na igreja e traçamos a rota. Cada um ajuda no que pode, seja na cozinha, na doação dos descartáveis, no suco e na distribuição”, explica Daniele Magalhães, uma das coordenadoras do projeto.
Num ônibus os voluntários passam pelo terminal rodoviário de Manhuaçu e baixada, os trevos da Zebu e da VW, na BR 262, bairro Bom Jardim e encerra o trajeto na UPA de Manhuaçu. “Saímos sempre por volta das 19, 20 horas e chegamos na UPA mais ou menos às 22 horas e nesse trajeto, levamos muito mais que alimento para o corpo. Levamos uma palavra amiga, um conforto ou apenas ouvir um pouco da história de vida deles”, completa Daniele.
O objetivo do grupo é expandir o serviço criando outras equipes. “Sabemos que a demanda é muito grande e mesmo com todos os nossos esforços fica difícil atingir todos os necessitados. Nós encerramos nossa rota na UPA e às vezes chegamos aqui muito tarde e muitas pessoas que estão aqui, vem de longe, ou até mesmo passaram quase o dia todo por aqui, com pouco dinheiro ou sem até sem algum. Já presenciamos pessoas que a nossa doação foi a única refeição que ela teve naquele dia e ver a satisfação e a gratidão que ela nos acolheu só nos fortalece a cada dia. Por isso criar outras equipes e criar novas rotas”, finaliza.
Muitos jovens abraçaram a ideia e participam do projeto, para Adair Santos o Projeto Evolução veio pra compartilhar carinho e amor ao próximo. “Foi uma coisa que surgiu em nossos corações, quem nunca ficou até mesmo um dia inteiro esperando um atendimento e sem se alimentar e o que trazemos é pouca é uma comida humilde, mas feita e distribuída de coração aberto”, ressalta.
Prisão Pereira