A equipe econômica detalhará os cortes de gastos na próxima semana com uma revisão dos programas, diz Tebet

Por Bernardo Caram

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A equipe econômica realizará uma coletiva de imprensa na próxima semana para detalhar os descontos de gastos nos orçamentos de 2024 e 2025 com base na revisão dos programas do governo, disse a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, nesta terça-feira.

Em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro, onde participa de eventos do G20, Tebet disse que os principais pontos virão com os cortes anunciados no passado de nove bilhões de reais nas contas de 2024 e 25,9 bilhões de reais para 2025.

Diante de uma situação de desenvolvimento de gastos obrigatórios, os analistas questionaram a prioridade do governo de aumentar as receitas em vez de cortar gastos. Diante da pressão, a equipe econômica anunciou seu objetivo de revisar os gastos, com foco na localização de fraudes e irregularidades, evitando ajustes nos sistemas e benefícios.

“Vamos pedir aos ministérios da Fazenda e do Planejamento que detalhem como será posicionada – e está em andamento – a revisão do gasto de nove bilhões de reais neste ano para que possamos 0 em 2024, e como ela será incluída no projeto de orçamento para 2025 para reduzir a economia do ponto de vista da fraude, erros e irregularidades no valor de 25. 900 milhões de reais”, disse Tebet.

O ministro disse que algumas das medidas de revisão de gastos não querem passar pelo Congresso, como decretos e portarias, mas que também haverá instâncias que terão análise do Parlamento.

Segundo ela, esses projetos podem constar do relatório do senador Jacques Wagner (PT-BA) sobre a desoneração da folha de pagamento em setores da economia e pequenos municípios. O texto será debatido em agosto.

Na entrevista, Tebet disse uma vez que o governo iria substituir a política do salário mínimo por rendimentos genuínos e enfatizou que a regra que liga a correcção das pensões ao salário mínimo nacional também seria substituída.

A aceleração da expansão dos gastos com seguridade social e benefícios sociais obrigou o governo a anunciar esta semana o congelamento do orçamento dos ministérios para cumprimento das regras fiscais.

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