Resolução de Lula de voltar à vigilância frustra defesa de Bolsonaro

247 – A resolução do presidente Lula (PT) de voltar atrás no relógio Cartier que conquistou em seu primeiro mandato gerou considerações entre os aliados de Jair Bolsonaro (PL). Essa ação, se concretizada, poderá enfraquecer significativamente a estratégia de defesa do ex-presidente na investigação do roubo de joias durante seu mandato, noticia Bela Megale, do jornal O Globo.

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (8), Lula informou aos ministros seu objetivo de recuperar o objeto que lhe foi entregue há 19 anos. A iniciativa visa neutralizar a defesa de Bolsonaro, que pretende recorrer a uma resolução da Justiça Federal. de Auditoria (TCU) para arquivar procedimento semelhante aos brindes de luxo que ganhou enquanto era presidente.

Os aliados de Bolsonaro temem que a virada de Lula para o relógio possa diminuir o efeito da resolução do TCU e, como resultado, enfraquecer a posição do ex-presidente. Além disso, acreditam que o gesto de Lula poderia ser bem recebido pela opinião pública. gerando comparações desfavoráveis para Bolsonaro, especialmente considerando as recentes revelações sobre a “operação de resgate” realizada por meio dele para recuperar os presentes que ganhou e vendeu após a determinação do TCU.

Porém, a volta da guarda de Lula ainda depende de investigação da Advocacia-Geral da República (AGU). O quadro está actualmente a rever o caso para avaliar as possíveis implicações de um recurso contra a decisão do TCU. A tendência existente é que sejam apoiadas apenas as doações obtidas após 2016, ano em que o TCU estabeleceu que os bens entregues aos Presidentes da República devem ser incorporados ao patrimônio da União.

Em resolução aprovada nesta quarta-feira (7), o Tribunal de Contas da União (TCU) dispensou o presidente Lula de devolver um relógio de luxo presenteado com o logotipo francês Cartier durante seu primeiro mandato, em 2005. A resolução, liderada pela ala Bolsonaro do Tribunal, tem implicações vitais para Jair Bolsonaro.

O entendimento do TCU, liderado pelo ministro Jorge Oliveira, ex-membro da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, de que não há critérios transparentes que definam o que caracteriza um “bem de natureza muito particular” ou “de preço máximo”. Preço de “mercado” entre os presentes obtidos por meio dos chefes do Executivo. Os advogados de Bolsonaro veem essa resolução como uma oportunidade de contestar os honorários que se opõem a ele.

Bolsonaro foi indiciado em julho pela Polícia Federal sob a acusação de peculato, arranjo criminoso e lavagem de dinheiro. As acusações estão relacionadas ao desvio de joias e outros presentes apresentados por governos estrangeiros durante seu mandato. A defesa de Bolsonaro pretendia usar o precedente estabelecido pelo TCU no caso Lula argumentará a favor de Bolsonaro perante o Supremo Tribunal Federal (STF), onde ocorre a investigação sobre a joalheria saudita.

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