Saiba quais são os principais ataques cibernéticos que podem fazer com que seu dinheiro seja emprestado

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A disrupção cibernética da manhã desta sexta-feira (19) surpreendeu empresas de todo o mundo. Uma atualização de software da CrowdStrike, uma empresa de segurança cibernética que se opõe a hackers e violações externas, fez com que os sistemas operacionais de dezenas de empresas travassem. Com isso, os bancos passaram por instabilidade em suas operações e até companhias aéreas como a Azul (AZUL4) foram afetadas. Embora a causa desta vez não sejam os hackers, os ataques cibernéticos tornaram-se cada vez mais comuns nas últimas décadas e fizeram com que muitas outras pessoas perdessem dinheiro.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela Check Point Research (CPR) mostra um aumento de 30% nos ataques cibernéticos globais no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. Todas as semanas, mais de 1. 600 empresas são vítimas de hackers em todo o mundo.

De acordo com o CPR, esses números são explicados pela crescente sofisticação dos cibercriminosos, que usam inteligência sintética e aprendizado de dispositivos. “A motivação econômica de ataques como ransomware e phishing, bem como ataques alimentados por tensões geopolíticas e vulnerabilidades da cadeia de origem, continua a ter um efeito significativo nesse aumento”, disse o estudo.

Note-se que os valores acima referidos correspondem a empresas. O número de outras pessoas que são vítimas de ataques de hackers é ainda mais difícil de medir e provavelmente é muito maior do que os números da pesquisa.

Não pense que um ataque de hacker só pode afetar seu acesso às mídias sociais ou ao sistema operacional do seu computador. Existem vários tipos que podem comprometer a segurança do conhecimento não público e até mesmo levar ao roubo de dinheiro.

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Abaixo, o E-Investidor indexou os principais ataques dos quais outras pessoas são vítimas.

Os hackers enviam e-mails, mensagens de texto ou links maliciosos que parecem vir de recursos confiáveis (bancos, empresas e até governos). O objetivo é induzir as vítimas a fornecer informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito, dados não públicos, como CPF, entre outros.

Nesse caso, são sistemas maliciosos que podem ser instalados em dispositivos sem o conhecimento do usuário. Isso inclui keyloggers, que registram as teclas digitadas pelo usuário, e ransomware, que bloqueia informações até que um resgate seja pago ao hacker.

Outro ataque cibernético comum ocorre quando dispositivos de hackers, conhecidos como “chupacabras”, são instalados em máquinas de venda automática ou terminais de pagamento. Eles procuram empréstimos de crédito ou cartões de débito quando os usuários inserem seus cartões.

Um ataque cibernético man-in-the-middle ocorre quando a comunicação entre duas partes é interceptada, roubando informações não públicas. Isso pode acontecer, por exemplo, quando um usuário acessa um banco e o hacker consegue baixar seus dados bancários.

Existem muitos sites de comércio eletrônico falsos com nomes proeminentes de empresas e vendedores, projetados para mentir para os compradores. Assim, os criminosos baixam dados confidenciais e ainda recebem pagamentos pela venda de produtos que não existem, o que gera prejuízos monetários para o usuário e exposição de dados não públicos.

Outro ataque cibernético não incomum é o hacking de redes sociais e contas de comunicação (WhatsApp, Facebook, Instagram, Telegram, entre outros). Com isso, os hackers enviam mensagens fraudulentas para seus amigos e seguidores, pedindo dinheiro ou informações pessoais.

Outro ataque hacker comum no Brasil ocorre quando os criminosos conseguem transferir o número do celular da vítima para um novo cartão SIM (chip). Isto permite-lhes obter códigos de autenticação de dois fatores enviados para o número da vítima e dados sensíveis, contas e outras informações.

Ninguém está a salvo de um ataque cibernético e do desperdício de dinheiro. Inúmeras empresas foram atacadas por hackers e comprometidas, incluindo empresas de capital aberto, instituições monetárias e até bancos públicos. A seguir, vamos relembrar alguns dos ataques cibernéticos mais conhecidos ao mercado monetário.

Mesmo o maior banco de publicidade do mundo, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), não escapou de um ataque de hackers. Em novembro do ano passado, a subsidiária americana do ICBC foi vítima de um ataque de ransomware, com seu conhecimento sequestrado e sem pagamento fácil para liberá-lo. O banco chinês cedeu à demanda dos criminosos, mas o valor do resgate não foi divulgado.

Deve-se lembrar que este ataque também é conhecido por ser responsável pela perturbação do governo dos EUA nos seus leilões de títulos, os T-bonds. A ocasião não foi um sucesso, com baixa participação dos investidores e taxas de juros emergentes nos títulos do Tesouro. Presume-se que o ataque cibernético ao ICBC, um dos maiores compradores de títulos dos EUA, tenha influenciado os resultados finais negativos do leilão, afetando negativamente os mercados monetários globais.

Há dez anos, hackers conseguiram acessar o conhecimento de 83 milhões de contas do JP Morgan, somando os dados de 76 milhões de famílias e 7 milhões de pequenas empresas. Na altura, o banco dos EUA estava confiante de que os activos monetários não seriam comprometidos, como os criminosos poderiam fazer. simplesmente não acessam senhas, dados não públicos ou números de identidade. Circularam rumores de que uma organização de hackers russa era culpada do ataque cibernético, mas até agora nada foi provado.

Até mesmo a segunda maior bolsa de valores dos Estados Unidos foi vítima de hackers. Na época, os servidores da Nasdaq foram invadidos por malware, mas nenhuma adulteração foi registrada após esse ataque. No entanto, esta ocasião levantou preocupações sobre a segurança da infraestrutura crítica no mercado monetário global.

O Banco Nacional de Bangladesh também foi alvo de um ataque cibernético contra Scouse que emprestou US$ 1 bilhão. De acordo com as investigações do FBI, os hackers eram norte-coreanos que tentavam explorar vulnerabilidades no sistema de movimentação do banco. Os criminosos não levaram todo o valor que queriam, pois a maior parte das transações foram bloqueadas, mas ainda assim conseguiram emprestar no máximo 100 milhões de dólares.

A Sony (SNEC34) foi vítima de um ataque de hacker: milhares de conhecimentos da empresa e dados monetários foram roubados. Na época, a ação foi atribuída à Coreia do Norte, em retaliação ao filme “A Entrevista” (que satirizava o governo Kim Jong-ONU). O ataque impactou as ações da Sony, além de revelar planos estratégicos e gerar brigas internas.

O Yahoo é outra empresa que foi hackeada duas vezes: em 2013 e 2014. Em ambos os casos, dados de bilhões de contas foram roubados, agregando informações confidenciais sensíveis. As ações do Yahoo caíram especialmente após a notícia dos ataques. Além disso, quando adquirida através da Verizon (VERZ34), o valor da aquisição foi reduzido em cerca de US$ 350 milhões devido aos incidentes.

E não são apenas os estrangeiros que são vítimas de hackers. Em 2020, a Natura (NTCO3) sofreu um ataque que causou prejuízos de cerca de R$ 450 milhões. A Avon, sua subsidiária, não conseguiu operar totalmente por apenas cerca de 16 dias, impactando a receita da empresa. Além disso, cerca de 250. 000 consumidores tiveram seu conhecimento vazado, levando à perda de credibilidade e queda nas ações.

Outro caso brasileiro data de quase 20 anos. O Banco Central foi invadido por hackers, que controlaram o acesso à fórmula e sacaram cerca de 164 milhões de reais de contas bancárias. Os criminosos usaram transferências fraudulentas por meio da fórmula de pagamento eletrônico do banco. Depois que este incidente expôs vulnerabilidades nas fórmulas de pagamento da Colúmbia Britânica, as medidas de segurança bancária em todo o país foram revistas.

Absolutamente ninguém está a salvo de tentativas de ataques cibernéticos. No entanto, existem algumas medidas inegáveis que podem ajudar a garantir a segurança, evitando o roubo de dados e até mesmo de dinheiro. Confira algumas recomendações que podem ajudá-lo a se defender contra hackers.

Pode ser irritante quando as plataformas exigem combinações de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais para senhas, mas elas têm em mente a segurança do usuário. Além disso, você não deve ter a mesma senha para outras contas.

Mantenha seus dispositivos, aplicativos e software atualizados. Muitas das inovações feitas por meio de corporações visam principalmente prevenir ataques maliciosos que ocorrem diariamente.

Não é incomum que hackers procurem dados de contas bancárias e cartões de crédito. Fique sempre atento, pois pode ter ocorrido uma invasão ou vazamento, deixando você exposto. Ao realizar uma transação, informe ao banco a opção de fraude.

Diz o ditado: quando a esmola é boa demais, o santo desconfia. Não é por acaso que muitas fraudes vêm na forma de benefícios ou ofertas impossíveis de resistir. Portanto, desconfie e faça alguns estudos antes de tomar qualquer ação.

Muitos dados confidenciais podem ser expostos involuntariamente nas redes sociais. Um ataque cibernético pode começar quando um hacker descobre seu endereço de e-mail ou número de celular, resultando em perdas pessoais ou até financeiras. Portanto, ajuste suas configurações de privacidade e tenha cuidado ao compartilhar dados online.

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