Moscou (Rússia) 2021-12-17T13:00:00. 000Z
A Rússia enviou aos Estados Unidos e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) um “tratado de paz” primário, composto por nove artigos, com o objetivo de acalmar a Europa Oriental, especialmente na crise com a Ucrânia, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta sexta-feira (17/12).
De acordo com os autos, o documento foi repassado em 15 de dezembro e, entre as medidas, citadas através de vários veículos da imprensa russa, está a criação de uma “linha direta” entre Moscou e a OTAN, a promessa dos americanos de “não estender “a Organização aos países da região e não se contentar com membros que eram componentes da União Soviética”.
Outro ponto abordado no artigo 7º é que a Rússia e os Estados Unidos terão de “evitar o envio de armas nucleares ao ar livre em seus territórios nacionais” e retornar às suas nações “armas já entregues ao ar livre em suas fronteiras naquele momento. de acesso à validade deste tratado. “;
“As partes colocarão toda a infraestrutura existente para a entrega de armas nucleares ao ar livre do território nacional. [Além disso] eles não exercerão grupos militares ou civis de países que não têm armas nucleares para usar tais armas”, diz o texto. O Tratado refere-se ao mesmo desafio para a instalação de bases militares no exterior, mas salienta, sobretudo, que elas não podem ser criadas nos países que moldaram a União Soviética.
O documento proposto pela Rússia faz um apelo adicional para que “os treinamentos dos exércitos russo e da OTAN sejam planejados e conduzidos de forma a diminuir a ameaça de condições potencialmente prejudiciais de acordo com suas obrigações sob legislação estrangeira”, acrescentando aqueles correspondentes a acordos intergovernamentais para a Prevenção de Incidentes em Águas Territoriais Marítimas e seu Espaço Aéreo”
A tensão na região aumentou exponencialmente nas últimas semanas, com os russos enviando milhares de tropas para a área de fronteira ucraniana. A medida percebida através dos ocidentais, acrescentando a União Europeia, como uma tentativa de invadir território vizinho.
Vladimir Putin, o presidente russo, disse mais de uma vez que só precisa “garantir” a segurança do país, mas deixou claro que esta resolução foi feita devido à disposição do governo ucraniano de se juntar à OTAN.
Além disso, Putin reclama do treinamento da OTAN no Mar Negro.
Mas os líderes ocidentais não estavam satisfeitos com esses dados e disseram que estavam em posição de aplicar “severas sanções” à oposição política e econômica a Moscou se houvesse alguma moção do exército na Ucrânia.
Atualmente, o país já está sob sanções europeias, que já duraram até seis meses e estarão em vigor, pelo menos, até 31 de julho de 2022.
A crise na região se arrasta desde 2013, quando o então presidente Viktor Yanukovych se recusou a sinalizar um acordo de cooperação entre Kiev e a UE. A medida abriria as portas para que os ucranianos, no futuro, fossem oficialmente parte do bloco político.
A resolução do presidente foi alvo de maravilhosos protestos diários da população – que caiu em fevereiro de 2014 – e da Rússia, que se opôs à adesão, ao mesmo tempo em que anexou o território da Crimeia, tendo acesso ao Mar Negro.
Em 2015, o acordo de Minsk, negociado através da França e da Alemanha, encerrou a guerra em si, mas nunca voltou ao normal. Agora, com a nova aproximação entre Kiev e os países ocidentais, a crise piorou ainda mais.
São Paulo (Brasil) 2021-12-17T12:17:00. 000Z