A disputa pelo líder do PSL na Câmara é o resultado da crise que atingiu o jogo a partir de outubro
Substituindo a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, retornou à função de líder do PSL na Câmara dos Deputados. Ela ocupou o posto menos de uma semana. A decisão de parte da bancada passou a constar nesta segunda-feira (16) dos registros da Câmara.
O cargo de líder é estratégico porque cabe ao parlamentar, entre outros pontos: escolher os integrantes de comissões; discursar em plenário para orientar os votos da bancada; articular junto aos demais integrantes as votações de interesse do partido.
A disputa pela liderança do PSL na Câmara é resultado da crise que atinge o partido desde outubro, quando Bolsonaro disse a um apoiador para “esquecer” a legenda. Em novembro, o presidente deixou o partido e anunciou a criação da Aliança pelo Brasil.
Desde então, a legenda se dividiu entre o grupo que apoia o presidente da República e a ala que apoia o presidente do PSL, Luciano Bivar.
‘Lista de guerra’
Com o agravamento da crise no PSL, foi iniciada em outubro uma “guerra de listas” pela liderança. Nos últimos meses, já ocuparam o cargo os deputados Delegado Waldir, Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann.
Geralmente, o líder partidário permanece na função por um ano, e a bancada se reúne para decidir se o mantém no posto ou elege outro deputado.
Na semana passada, a Justiça do Distrito Federal suspendeu a punição do PSL aos deputados que apoiam o presidente Jair Bolsonaro.
Com isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tornou sem efeito a decisão que havia suspendido os deputados aliados de Bolsonaro das funções partidárias, como a liderança.
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