“Bolsonaro está refém, cometeu muitos crimes”, diz Joaquim de Carvalho

247 – O jornalista Joaquim de Carvalho, que se prepara para fazer um documentário que revelará as ligações entre o “paralelo Abin”, o Gabinete do Ódio e o acontecimento em Juiz de Fora (MG) em 2018, declarou neste sábado à TV 247 ( 20) que embora Jair Bolsonaro (PL) esteja furioso com o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-presidente não poderá fazer nada contra seu aliado.  

Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu o sigilo de uma gravação feita por meio da Ramagem durante reunião com Bolsonaro, o ex-ministro Augusto Heleno e os advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na época, a organização discutia métodos para proteger Flávio de investigações sobre uma possível prática de “rachadinha”. A estratégia incluía desacreditar os inspetores fiscais culpados de conduzir a investigação. Reportagens de bastidores mostram que as escutas telefônicas da Ramagem foram realizadas sem o conhecimento de Bolsonaro, e o fato de a Polícia Federal ter descoberto o modo de vida em áudio supostamente irritou Bolsonaro com o ex-chefe da Abin.

Mesmo diante desse descontentamento, segundo Joaquim de Carvalho, Bolsonaro continuará obrigado a aceitar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro: “O depoimento de Alexandre Ramagem lança mais suspeitas sobre este grupo. “Bolsonaro vai terminar com Ramagem, ele está furioso. . . ” Não é nada disso. Ramagem tem a bunda de Bolsonaro. Bolsonaro não fará nada contra ele. “Isso reforça a vontade de investigar por que surge esse compromisso, essa força da Ramagem, que foi o centro do governo Bolsonaro, que teve a Abin como seu instrumento máximo e duro”.

“Bolsonaro é um refém. Hoje, Bolsonaro é refém. Não é que eu seja uma vítima. Ele fez o que fez”, disse ela.

Comentando o áudio da assembleia de Bolsonaro e Ramagem para proteger Flávio, o jornalista disse que o governo passado havia usado o aparato da Presidência da República para proteger o “filho ladrão” do presidente na época. “Vê-se que a Abin realizou uma série de ações ilícitas, e Bolsonaro participou delas, dando seu consentimento para que uma investigação ilícita fosse realizada para proteger seu filho, que é ladrão. A Presidência da República na altura exerceu toda a sua força dizendo o seguinte: ‘olha, o meu filho é ladrão, o meu filho foi preso, mas agora temos de culpar os inspectores, aqueles que o descobriram’;

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