Outras quatro pessoas foram presas por violar a Lei de Segurança Nacional.
São Paulo – Cinco manifestantes foram presos pela Polícia Militar do Distrito Federal por abrir uma faixa com a palavra “Bolsa Genocida” na Esplanada dos Ministérios na manhã desta quinta-feira (18). A faixa também continha uma suástica nazista. De acordo com a polícia, eles foram presos por violar a Lei de Segurança Nacional (NSA). Entre os detidos estão os criadores do canal do YouTube Botando Stack, o criador do site, o ativista Rodrigo Stack. Erico Grassi, irmão de Rodrigo, disse que os manifestantes foram levados pela polícia militar para a Superintendência da PF. Todos foram liberados mais tarde.
Quando chegaram ao local, tiveram as palavras dos parlamentares do PT. “Já estamos em estado de emergência. Teremos que estar alertas e alertas, sem que ninguém deixe ninguém passar”, disse Erico. Santana (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS), Natalia Bonavides (PT-RN) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) acompanharam as prisões e protestaram contra a construção da PF com os dizeres “Bolsonaro Genocida”. Bonavides disse que a Polícia Federal usa o PSL “para processar e prender as partes no conflito e manifestantes do presidente Jair Bolsonaro”.
Eu @gleisi, @AlencarBraga e @natbonavides, que acompanharam o depoimento dos manifestantes presos por chamar Bolsonaro de genocídio, estão na delegacia da PF denunciando essa posição mais ditatorial da força de defesa e do governo corrupto. BolsonaroGenocida pic. twitterArraycom / tZmNRtf6NO
Horas depois, outros dois ativistas foram presos por entrar em construção com cartazes de “Bolsonaro Genocida”. “O que está acontecendo é que você vai ter que parar todo mundo (para mostrar cartazes com “Genocidal Bagaro”)”, disse Paulo Pimenta. , que não foi apenas preso por gozar de imunidade parlamentar, disse ao agente da PF que eles se renderiam.
“Está ficando na moda”, disse Gleisi Hoffmann. Se não impedirmos agora, haverá cada vez mais atitudes como essas”, disse o presidente do PT, referindo-se ao caso de Felipe Neto, convocado pela Polícia Civil do Rio para depor, também por “crime” contrário à LSN, após denúncia por meio de Carlos Bolsonaro, filho do presidente 02. Na quinta-feira, a juíza Gisele Guida, da 38ª Vara Correcional do Rio, suspendeu a investigação.
Escrita a ditadura e alterada duas vezes, a LSN permanece em vigor hoje, e às vezes vinha sendo usada desde a redemocratização, porém, a partir de 2020, a lei passou a ser evocada com uma consistência que até então não havia sido observada. O governo Bolsonaro diante do “genocídio” também provocou contrarreação ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e ao ilustrador Renato Aroeira.
O professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Conrado Hubner, chamou a ação de “milicartismo”, referindo-se à repressão aos comunistas que vigorava nos Estados Unidos na década de 1950, no auge da Guerra Fria. “Ativistas do PT são presos por meio de uma organização contrária a Bolsonaro e estão incluídos na Lei de Segurança Nacional. Cabe a Gilmar Mfinishes, da ADPF 799, acabar com essa violência cotidiana. Genocídio é o presidente”, disse ele, trazendo à tona a base para o fracasso dos preceitos que questionam a constitucionalidade da NSA.
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Os vereadores de Bolsonaro, enquanto o atual presidente ainda era deputado, retiraram R$ 551 mil em dinheiro.
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