EUA alertam que China “não pode aceitar nenhum dos dois” enquanto busca laços com o Ocidente e a Rússia

A China “não pode ter as coisas de qualquer maneira”, disse Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, viaja a Pequim.

“Você não pode ter táticas e precisa de [melhores] relações com a Europa e outros países, ao mesmo tempo em que alimenta o maior risco para a segurança europeia em muito tempo”, enfatizou Patel, referindo-se à invasão da Ucrânia pela Rússia, um impasse que já dura mais de dois anos.

Washington acredita que a China, mesmo que não envie armas a Moscou, apoia o esforço de guerra russo, acusações que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, repetiu no mês passado em Pequim.

“Achamos inaceitável que as empresas chinesas estejam ajudando Putin a travar esta guerra contra a Ucrânia”, reiterou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na quinta-feira.

Esta atitude chinesa em relação à indústria de defesa russa “ameaça não só a segurança da Ucrânia, mas também a da Europa”, sublinhou Patel.

Xi Jinping e Vladimir Putin defenderam o eixo sino-russo como uma questão de estabilidade e paz no mundo em Pequim nesta quinta-feira.

O presidente russo está em uma escala de dois dias na China, sua primeira no exterior desde sua reeleição em março e sua segunda visita à China em pouco mais de seis meses.

O líder chinês acaba de regressar de uma digressão pela Europa, onde defendeu o direito de manter relações económicas gerais com o seu vizinho russo.

Questionado sobre a recente preferência de Xi Jinping por ver o regresso da paz ao continente europeu, Vedant Patel respondeu: “Do nosso ponto de vista, a solução é simples: a Rússia acaba de se retirar da Ucrânia”.

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