O que estamos lendo, especial Coronavírus: Macron declara guerra ao Covid-19 e Europa fecha fronteiras

A Trivela é um site de futebol, como você está cansado de saber, mas a partir de hoje trazemos um acompanhamento diário sobre o coronavírus, que afeta não só o futebol, mas toda a sociedade. Consideramos informação uma arma importante na guerra contra o Covid-19 e, por isso, mostramos como os outros países entre os principais afetados estão encarando a pandemia. Países que normalmente abordamos para falar de futebol. Só que o futebol, como sempre dizemos, é intrinsicamente ligado à sociedade, que neste momento tem como foco o combate à pandemia. Vendo como os países afetados lidam com o problema, talvez possamos aprender um pouco e tomar precauções. Vamos lá.

Why outbreaks like coronavirus spread exponentially, and how to “flatten the curve”

O Washington Post fez uma matéria excelente no sábado, dia 14. Como o título diz, “Por que surtos como o coronavírus espalham exponencialmente, e como diminuir a curva”. A matéria explica como se dá o contágio de doenças como o Covid-19, com a infecção pelo novo coronavírus. No site, as simulações mostram como o contágio acontece e por que é tão importante o isolamento social para impedir que a saúde pública fique afogada. É uma leitura informativa e importante, com infográficos bastante úteis.

Os países africanos fecham fronteiras para conter coronavírus

Um dos países que anunciou restrições foi a África do Sul, um dos países com economia mais forte do continente. Quênia, Etiópia, Gana e Tanzânia também anunciaram medidas restritivas de viagens, alguns até fechando os aeroportos para voos internacionais.

Portugal fecha fronteiras, à exceção de seus cidadãos e residentes

El País informa que a Espanha, um dos países mais afetados pelo novo Coronavírus, decidiu fechar suas fronteiras. Só cidadãos espanhóis e aqueles que têm residência no país poderão entrar. O fechamento vale apenas para pessoas, mercadorias continuam entrando e saindo para não interromper cadeias produtivas e nem desabastecer o país e aqueles que importam produtos da Espanha. Casos excepcionais serão tratados como tal, ou seja, pessoas com passaportes diplomáticos e casos graves.

“Nosso objetivo é diminuir a curva das pessoas infectadas pelo vírus, tanto a nível nacional quanto europeu”, disse Fernando Grande-Marlaska, Ministro do Interior da Espanha. Não foi a primeira ação do governo. No sábado, Primeiro Ministro da Espanha, anunciou estado de emergência no país por 15 dias. Com isso, limitou a circulação e permanência de pessoas e veículos em lugares determinados, além de limitar o consumo de artigos de primeira necessidade, de forma a impedir que as pessoas estoquem produtos e deixem outras sem abastecimento.

União Europeia restringe viagens não essenciais para países dentro do bloco

A União Europeia irá restringir as viagens que não forem essenciais para dentro do bloco. “As restrições devem estar em vigor por um período inicial de 30 dias, que pode ser prolongado conforme necessário”, disse Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “Há exceções: residentes de longa duração na UE, parentes de cidadãos europeus e diplomatas, assim como profissionais da saúde.”

Presidente dos EUA divulga orientações nacionais para controle do coronavírus

No New York Times, relato sobre as medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para desacelerar o número de contágios pelo coronavírus. Serão fechadas escolas e foi orientado que as pessoas evitem grupos de mais de 10 pessoas e desaconselhou viagens, idas a bares, restaurantes e praças de alimentação. O presidente disse que os efeitos da pandemia devem durar até julho ou agosto. Trump ainda afirmou que não fará bloqueio, como já aconteceu com Itália e Espanha. A cidade de San Francisco, porém, já anunciou medidas restritivas para impedir que as pessoas saiam de casa.

“Encorajei meus colegas a tomar medidas mais duras”, diz o Ministro da Saúde da Itália

No jornal La Repubblica, o Ministro da Saúde da Itália disse que as medidas restritivas adotadas pela Itália estão sendo replicadas pela Europa e isso é algo positivo. “Os países mais importantes da Europa estão adotando as mesmas medidas que nós lançamos há algum tempo. Eu estimulei meus colegas a tomarem medidas mais duras. O vírus não conhece fronteiras. Nós estamos enfrentando a maior emergência de saúde global em anos recentes. Nenhum país pode pensar em salvar a si mesmo, todos nós juntos é que conseguiremos isso”, disse Roberto Speranza.

Ainda no jornal La Repubblica, da Itália, dá uma boa notícia em meio à crise: 2.470 casos novos nesta segunda-feira, 16, menos do que no domingo, que foi de 2.853. O total de casos, segundo o jornal, é de 27.980, incluindo aí os que já se recuperaram. O número de mortes diminuiu, de 368 para 349. O número de pessoas que se recuperaram do vírus também aumentou: de 369 pessoas para 414. Segundo o governo italiano, cerca de 10% dos infectados na Itália precisam ir para a UTI. A Lombardia segue sendo o epicentro da doença, com 14.649 casos.

Alemanha impõe restrições sem precedentes na vida pública do país

A chanceler alemã Angela Merkel anunciou nesta segunda-feira novas pedidas para prevenir o espalhamento do Covid-19 na Alemanha. Todos os negócios não essenciais e lojas serão fechadas, enquanto reuniões religiosas serão proibidas e viagens de férias serão interrompidas.

Entre os serviços que continuarão abertos estão supermercados, farmácias, postos de gasolina, bancos, postos de correios, serviços de entrega, lavanderias e cabeleireiros. O país fechou as fronteiras com Áustria, Suíça, França, Luxemburgo e Dinamarca. As escolas também foram fechadas nesta segunda. Foi indicado às pessoas que praticassem o “distanciamento social”, para diminuir ou evitar completamente o contato com outras pessoas.

Emmanuel Macron: “Estamos em guerra”

O presidente da França, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento público para falar sobre a emergência da pandemia de coronavírus. Ao longo d pronunciamento, o presidente francês falou cinco vezes “nós estamos em guerra”, especificando que é uma guerra sanitária contra o vírus. O político ainda afirmou medidas duras, reduzindo viagens e contatos ao mínimo, a partir desta terça-feira e por duas semanas. O presidente afirmou que as pessoas que descumprirem a quarentena serão punidas.

As fronteiras do país também foram fechadas e as aulas foram suspensas nas escolas do país. Para amenizar os efeitos duros da crise econômica pela pandemia, o presidente francês falou em um alívio de impostos para as empresas que chegam a € 300 bilhões. As pequenas empresas não terão que pagar nenhum imposto ou contribuição social, segundo o presidente. Contas de gás e eletricidade e até aluguéis terão que ser suspensos.

Marcon afirmou ainda que serão montados hospitais de campanha do exército para ajudar no atendimento dos doentes nas regiões mais afetadas pelo surto e, assim, desafogar os hospitais. Além disso, o presidente suspendeu todas as reformas que estavam sendo discutidas pelo Congresso do país. A justificativa é que a prioridade deve ser dada à luta contra a propagação do coronavírus.

Reino Unido: Primeiro Ministro diz que todos devam evitar ir ao escritório, bares e viagens

Na BBC, o pronunciamento do Primeiro Ministro do Reino unido, Boris Johnson, que anunciou mais medidas restritivas para evitar o aumento do número de contágios no país. Johnson disse que as pessoas devem trabalhar de casa onde for possível como parte de uma série de medidas. Mulheres grávidas, acima de 70 anos e aqueles com algum problema de saúde devem considerar o aviso particularmente importante. Mais de 1.500 pessoas testaram positivo para o Covid-19, mas o número estimado de casos é de 35 mil a 50 mil.

Além de evitar aglomerações, o governo recomendou que as pessoas só usem o NHS (equivalente ao SUS) “quando realmente precisarem” e sugeriu olhar as recomendações no site do serviço. O político afirmou que o Reino Unido está três semanas atrás da Itália. E que as pessoas devem evitar sair de casa, mesmo para comprar comida e elementos essenciais.

Apesar disso, o Primeiro Ministro afirmou que as pessoas podem sair de casa para exercícios e, nesse caso, manter uma distância segura dos outros. As escolas, porém, continuarão tendo aulas, apesar dos protestos das pessoas pedindo o fechamento. E o governo recomendou que pessoas acima de 70 anos, adultos normalmente aconselhados a receber a vacina da gripe e mulheres grávidas devem evitar contato social. Sem fechar as escolas, as coisas complicam e o governo parece anunciar medidas apenas parciais. O total de mortes no Reino Unido chegou a 55. A doença está acelerando no país.

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