EUA começa a prova humana da vacina contra o coronavírus

Cientistas americanos iniciaram na última segunda-feira (16), teste em humanos de uma possível vacina contra o novo coronavírus. Segundo o comunicado dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), a fase 1 da pesquisa clínica envolve 45 voluntários saudáveis adultos, com idades entre 18 e 55 anos, avaliando a segurança do produto e sua habilidade de gerar uma resposta imunológica nos voluntários. O primeiro participante recebeu a dose em teste ontem.

O o estudo será conduzido em Seattle, no Estado de Washington, o mais afetado pelo surto de covid-19 nos EUA. De acordo com dados do Centro de Controle de Doenças do governo americano, somente em Washington, foram confirmados 708 infecções pelo novo coronavírus. Em todo o território americano, já são 3.487 pessoas acometidas pela covid-19, das quais 68 morreram.

Antes do teste em humanos, a possível vacina, chamada de mRNA-1273, já havia demonstrado uma boa resposta quando foi testada em animais. “A vacina experimental foi desenvolvida usando uma plataforma genética chamada mRNA (RNA mensageiro). A vacina experimental mostrou-se promissora em modelos animais, e este é o primeiro estudo a examiná-la em humanos”, informou os NIH em seu site.

No momento, não há vacina nem tratamento específico para a covid-19. Na maioria dos contaminados, a infecção regride espontaneamente, com a resposta das células de defesa. Em 20% dos casos, porém, os pacientes evoluem para um quadro grave, o que costuma exigir suporte em UTI.

Próximos passos. Depois da fase 1, o possível imunizante ainda precisa passar por mais duas etapas de testes em humanos, nas quais o número de participantes será maior.

Nessa primeira fase do estudo, os voluntários receberão duas doses da vacina por meio de uma injeção intramuscular na parte superior do braço, com intervalo de 28 dias entre as doses. Os voluntários serão divididos em três grupos e cada um deles receberá a dose com uma concentração diferente: 25 mcg, 100 mcg e 250 mcg.

Os participantes serão acompanhados por um ano após a aplicação da segunda dose. Não há previsão de quando todas as etapas do teste serão finalizadas nem de quando a vacina estaria disponível à população caso apresente bons resultados.

Com informações, O Estado de S. Paulo.

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