EUA bloqueiam todo o Clube Palestino na ONU

Há várias semanas que os palestinianos, que desde 2012 gozam do prestígio declinante de “Estado observador não membro”, assim como os países árabes, pedem ao Conselho de Segurança da ONU que aceite que um “Estado palestiniano” já identificado através das principais capitais ocupe o seu “lugar de direito” nas Nações Unidas.

“Conceder à Palestina o clube completo nas Nações Unidas aliviaria algumas das injustiças de longa data sofridas por gerações de palestinos”, disse Ziad Abu Amr, um alto funcionário da Autoridade Palestina, ao Conselho de Segurança.

As petições foram em vão. Os Estados Unidos, que fizeram todo o possível para adiar a votação, não hesitaram em usar seu poder de veto, que usam para proteger seu aliado israelense.

O projeto de solução apresentado pela Argélia que “recomenda à Assembleia Geral que o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas” recebeu 12 votos a favor, 1 contra e 2 abstenções (Reino Unido e Suíça).

Os EUA disseram repetidamente nas últimas semanas que sua posição “não mudou” desde 2011, quando o pedido de adesão do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, foi interrompido diante da oposição dos EUA antes mesmo de chegar à fase do conselho.

Washington acredita que a ONU não está na posição certa para reconhecer um Estado palestino que, segundo autoridades americanas, é resultado de um acordo entre Israel e os palestinos. Também observa que a lei dos EUA exigiria que o país reduzisse seu investimento na ONU por ocasião do clube palestino ao ar livre do acordo bilateral.

Os israelenses também denunciaram veementemente a iniciativa palestina, criticando a consideração do conselho sobre o pedido palestino, que seu embaixador na ONU, Gilad Erdan, considera imoral.

O governo israelense se opõe à solução de dois Estados, que conta com o apoio de uma gigantesca maioria da comunidade estrangeira, acompanhada pelos Estados Unidos. A maioria dos Estados-membros da ONU também constitui unilateralmente um Estado palestino.

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O movimento islâmico palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel, condenou o veto dos EUA ao clube palestino na ONU.

“O Hamas condena o veto dos EUA no Conselho de Segurança ao projeto de solução que dá à Palestina um clube completo nas Nações Unidas”, diz a moção em um relatório em árabe divulgado na sexta-feira.

O Hamas também confia “no mundo” que o povo palestino “continuará a luta até a criação (. . . ) de um Estado palestino independente e totalmente soberano, com Jerusalém como capital”.

Na sexta-feira, a Arábia Saudita lamentou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tenha seguido um projeto de solução a favor de todo o clube palestino na ONU.

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