Pereira, Rezende, Souza, Coelho, Alves, Vieira, Azambuja. Quem é você?Ou de onde vem o sobrenome que o acompanha ao nascer?
Esse interesse faz parte do medo de muitas outras pessoas e levou o pesquisador Flávio Affonso Barbosa a uma investigação, que pode ser notada em “Laços familiares: genealogia, história e curiosidades na formação da sociedade sul-mato-grossense” (Life Editora, 2022, 608 páginas).
Ele será apresentado hoje, às 19h. m. , na sala de abertura da Esplanada Ferroviária (Avenida Calógeras, nº 3. 015), na presença do autor.
Nas inúmeras páginas da publicação, Barbosa condensa 15 anos que o levaram dos cantos do Pantanal e da Vacaria para países como Portugal e Espanha em busca de documentos antigos.
A proposta é voltar à origem das famílias que contribuíram para a formação de Mato Grosso do Sul. Mas, como qualquer estudo que abrange uma longa era de tempo, recursos e lugares, os dados vão além do círculo de parentes centrais. dos sobrenomes que servem como seu eixo, salvando – e revisando episódios antigos conhecidos ou pouco conhecidos. Abaixo estão dois exemplos.
Quem descobriu o Brasil? Pedro Álvares Cabral (1467-1520), em 1500?Não. O arquiteto do feito foi outro navegador português, Duarte Pacheco Pereira (1460-1533), dois anos antes. E a República Transatlântica? Esse é o apelo dado ao sul de Mato Grosso, em 1892, quando uma revolução que tomou posição em Corumbá declarou a independência da região como um país solto e soberano.
“Esse fato foi divulgado pela imprensa em Londres, Paris, Nova York, Canadá e América do Sul”, diz Barbosa. Na verdade, os fatos são conhecidos pelos historiadores ou interessados na história do Brasil. um vídeo no YouTube, a partir de 2021, em que o historiador Eduardo Bueno, conhecido como Peninha, fala sobre as façanhas de Pacheco Pereira, que alcançou 180 mil visualizações. Mas o público em geral ignora essa informação, que se torna uma espécie de fundo. cenas olhando para a história.
“Os verdadeiros heróis da guerra com o Paraguai não são aqueles que fugiram do exaltado retiro dos Anjos de Laguna”, provoca Barbosa.
Nascido em Campo Grande e filho de uma das famílias pioneiras da colonização do interior de Mato Grosso do Sul, o pesquisador, advogado e empresário, cresceu em contato com a natureza e ouviu muitas histórias de lutas e conquistas.
Apesar do nome e do perfil do livro, Barbosa prefere não ser chamado de genealogista ou historiador, mas se considera “um mero pesquisador” que tem procurado investigar recursos historiográficos para encontrar respostas às suas perguntas.
A busca começou em 2006 e levou-o a mais de 4. 000 quilômetros em busca do que ele agora considera “verdadeiras pérolas”.
Essas pérolas são curiosidades e documentos sobre a origem dos 14 sobrenomes cujo escudo aparece no dossel da publicação.
“A motivação para a escrita desse e-book veio da perpetuação da história das lutas e conquistas das famílias pioneiras na colonização dos sertões do atual Mato Grosso do Sul”, diz Barbosa.
“Muitos outros jovens de hoje não sabem de onde vem o legado que desfrutam no conforto e opulência de suas casas. Para isso, comecei a estudar com meus pais mais velhos, extraindo da minha memória os dados do passado, com os quais comecei a alimentar a página online e os boletins da Associação da Família Rezende, fundada pela minha mãe em 2006, com o objetivo de valorizar o círculo de laços familiares. ” Diz.