Volatilidade do Bitcoin foi menor que Petrobras nos últimos dias

Quem é o ativo mais volátil?

O investidor brasileiro de ativos de risco viu na última semana um cenário horrível para alocar seu suado dinheiro. Tanto a bolsa de valores, quanto as criptomoedas, perderam muito valor. Mesmo assim, a volatilidade do Bitcoin no período foi menor que os papéis da Petrobras.

As ações da Petrobrás já tinham sido afetadas pela baixa demanda por petróleo, consequência do coronavírus. Contudo, a Rússia empinou a carroça frente a OPEP, entrando em conflito a Arábia Saudita.

A estatal brasileira foi arrastada para o conflito, ainda que sem querer, mas por fazer parte do setor. Com as grandes brigando por poder, as ações da Petrobras tiveram um enorme choque, muito além do famoso Bitcoin.

O Bitcoin é considerado por traders e por analistas como um ativo de risco, principalmente após os últimos dias. A moeda digital teve uma boa correlação com ações de bolsas de valores, ou seja, passou a ser apontada como investimento arriscado.

Mesmo não sendo esse o foco da tecnologia, no caso, investimentos, a moeda tem sido tratada assim por aqueles que visam rendimentos de capital. Com o Bitcoin valorizando muito nos últimos anos, a associação era inevitável.

Contudo, para quem investe na bolsa de valores e tem aversão ao Bitcoin, um detalhe chamou atenção. Ao evitar o Bitcoin devido sua alta volatilidade, muitos nem perceberam que a Petrobras ultrapassou a moeda digital no quesito.

A ação da estatal brasileira teve uma volatilidade enorme nos últimos 30 dias. As ações preferenciais da Petrobras, a com símbolo PETR4, tiveram uma volatilidade de 155% nos últimos 30 dias.

Além disso, as ações ordinárias da Petrobras, aquela com símbolo PETR3, registraram 154% de variação. Ou seja, uma alta oscilação de preços foi vista na ação, que é negociada na Bolsa de Valores brasileira, B3. As informações foram obtidas no site InvestMax, que mostra a volatilidade das ações de empresas brasileiras, listadas na bolsa.

Ações da Petrobras registraram enorme volatilidade nos últimos 30 dias, em 10 dias, foi maior ainda – Reprodução/InvestMax

O preço do Bitcoin vinha caindo em meio ao aumento de casos do coronavírus, relacionado com índices de bolsas. A saída de capital do mercado de criptomoedas foi sentida com força, principalmente na última quinta (12).

Neste dia, o preço do Bitcoin chegou a cair mais que 45%, em menos de 24 horas. Apesar da recuperação na sexta, o Bitcoin não chegou a ultrapassar a marca de U$ 6 mil novamente.

O dia de maior estresse no criptomercado fez a volatilidade do Bitcoin aumentar mais que 40%. Isso porque, até a quarta (11), a moeda registrava 66% de volatilidade em 30 dias. Contudo, a enorme queda nos preços da moeda digital levou o indicador acima de 112%. Os dados foram obtidos no website da BitMEX.

Volatilidade do Bitcoin era grande em 30 dias, mas ficou maior no dia 12 de março – Reprodução/BitMEX

A volatilidade é uma medida controversa para avaliar o risco dos ativos. É dizer, apesar de que a Petrobras tem registrado maior volatilidade do que o Bitcoin, alguns podem dizer que a medida avaliada de forma isolada, não representa muito.

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