Hamas diz que não participará de novas negociações de cessar-fogo em Gaza

O Hamas declarou nesta quarta-feira, 14, que não participaria das negociações de cessar-fogo em Gaza, no Catar, um dos países mediadores do conflito. Embora a rodada de negociações marcada para quinta-feira, 15, em Doha, capital do Catar, não reúna representantes combinados do grupo, os Estados Unidos disseram esperar que as negociações indiretas prossigam conforme planejado.

De acordo com a Casa Branca, um acordo de trégua ainda é imaginável e obrigatório para evitar uma guerra mais ampla na região. No entanto, o site de notícias norte-americano Axios informou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, adiou suas férias para o Oriente Médio devido ao início da terça-feira, 13, um sinal de que o cenário não está normalizado.

Apesar da ausência do Hamas na reunião oficial, as chances de progresso nas negociações não foram eliminadas. Seu negociador-chefe, Khalil al-Hayya, está em Doha. In além disso, a organização palestina abriu canais com o Egito e o próprio Catar.

“O Hamas está comprometido com a proposta apresentada à organização em 2 de julho, que se baseia na solução do Conselho de Segurança da ONU e no discurso de (Joe) Biden, e a moção está em condições de iniciar negociações sem demora. entre em vigor”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.

Falando à agência de notícias Reuters, uma fonte familiarizada com o assunto disse que o Hamas precisa que os mediadores (Catar, Egito e Estados Unidos) retornem com uma reação oficial de Israel. Se isso acontecer, a organização disse que poderia se reunir com todos após a sessão de quinta-feira.

Israel disse que enviaria uma delegação para a rodada de negociações de quinta-feira. A equipe virá com o líder da inteligência israelense David Barnea, o líder da segurança interna Ronen Bar e o líder dos reféns do exército, Nitzan Alon.

No entanto, o Hamas indicou no passado que é cético sobre as chances de a assembleia gerar efeitos genuínos e, para o grupo terrorista, Israel é o principal culpado pelos impasses. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o líder das Forças de Defesa da Palestina, Yahya Sinwar, era o principal impedimento para chegar a um acordo.

As chances de uma escalada do confronto existente aumentaram depois que o exército israelense matou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, e o comandante do exército do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute. Ambas as mortes provocaram ameaças de retaliação de Teerã. De acordo com 3 altos funcionários iranianos, apenas um acordo de cessar-fogo poderia salvá-lo de um ataque iminente a Israel.

Vários países ocidentais, incluindo França, Reino Unido e Alemanha, já pediram contenção, pedidos que a República Islâmica rejeitou. Em um discurso recente, o recém-empossado presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que o país tinha o “direito legal” de responder a ataques em seu território. Em abril, depois que Israel bombardeou a embaixada iraniana na Síria, sua reação foi uma barragem de trezentos mísseis e drones contra o inimigo.

No Líbano, o principal conselheiro de Biden, Amos Hochstein, se reuniu com o líder libanês Nabih Berri, que lidera o movimento armado Amal, o melhor amigo do Hezbollah. O objetivo é tentar evitar uma escalada separada entre Israel e a milícia libanesa apoiada pelo Irã.

Washington já avisou que uma “série significativa de ataques” através do Irão está a ser preparada esta semana. Isto levou a um aumento da presença militar dos EUA no Médio Oriente para ajudar a proteger Israel. O Conselho de Segurança da Casa Branca disse que ainda não está claro se ou quando os aliados do Irão participarão na ofensiva.

Leia também mais

Abril Comunicações S. A. , CNPJ 44. 597. 052/0001-62 – Todos os direitos reservados.

VER E VOTAR OFERTA

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *