De acordo com a página online da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mais de 1. 400 desses agentes estavam concentrados em 4 casas gigantes, nos bairros de Setúbal, Leiria e Faro.
O incêndio que eclodiu na sexta-feira, na cidade de Vale de Pia, no município de Pombal (Leiria), ainda é o que mobiliza os recursos máximos, com 451 órgãos operacionais de trabalhadores em terra, apoiados por 113 carros e sete meios aéreos.
Esta tarde, as chamas atingiram o município de Ansião, tendo já forçado a evacuação de outras pessoas em duas aldeias deste município (também no distrito de Leiria).
Segundo o presidente do conselho paroquial de Santiago da Guarda, David Baptista Rodrigues, a situação “piorou” e a paróquia de Santiago de Guarda “está em perigo”.
Às 16h15, “havia 3 frentes” de chaminé e o vento “muito forte”, com “constantes ajustes de direção”, disse o presidente do conselho.
Esta tarde, esta chaminé forçou um novo corte da Rota Complementar (IC) 8 entre Ramalhais, no município de Pombal, e Ansião.
Ambas as estradas já haviam sido fechadas até a tarde de terça-feira e reabertas nas primeiras horas desta quarta-feira.
No incêndio que começou na terça-feira em Caranguejeira, no município de Leiria, há 367 bombeiros, com 113 viaturas.
Também na terça-feira, mas já à noite, às 23h30, um incêndio eclodiu em Gambelas, próximo à Universidade do Algarve, com foco nesta tarde no combate às chamas no domínio da Quinta do Lago, Almancil, no município de Loulé. (Faro), tendo sido evacuado preventivamente outras pessoas do domínio.
A empresa da Lusa entrou em contato várias vezes com o Comando de Operações de Resgate do Distrito de Faro esta tarde para obter mais informações, mas sem sucesso.
De acordo com o site da Proteção Civil, às 17h30 foram mobilizados 330 agentes para o incêndio, com a participação de 117 viaturas e 4 vias aéreas.
Já hoje, às 12h, um incêndio começou na vila de Palmela, no distrito de Setúbal, que mobilizou 282 agentes, 90 carros e 4 vias aéreas até o meio da tarde.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal, Luís Miguel Calha, o ambiente social de Palmela e algumas casas já foram despejados por causa do incêndio. Às 16h, o fogo também forçou o corte da estrada Baixa de Palmela, que liga Palmela a Setúbal, em ambos os sentidos.
Ainda segundo Luís Miguel Calha, ao mesmo tempo havia várias fachadas ativas de chaminés, ao redor da cidade de Palmela, nas montanhas do Louro e São Luís, e outras em direção a Aires e Quinta do Anjo.
O incêndio que eclodiu na tarde de quinta-feira na União das paróquias de Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais, no município de Ourém, também se espalhou para Ferreira do Zêzere (ambas no distrito de Santarém) e Alvaiázere, no distrito de Leiria, que já aparece na ANEPC como “em processo de resolução”, ainda mobiliza 474 agentes, apoiados por 150 veículos.
Esta tarde, o prefeito de Alvaiázere disse à Lusa que se cansou de pedir meios para combater os incêndios e ficar sem resposta, lamentando que o município o tenha abandonado.
“Nós desistimos. Estamos cansados de pedir meios sem resposta”, disse ele.
Portugal continental está em situação de emergência até as 23h59. sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que implicam um agravamento do risco de incêndios, com temperaturas superiores a 45º em algumas áreas do país.
O cenário de emergência corresponde ao ponto de intervenção previsto na Lei de Segurança Pública e é declarado quando, tendo em conta a ocorrência ou iminência de uma grave chance ou desastre, deseja-se adotar medidas preventivas e/ou especiais de reação que não possam ser mobilizadas no ponto municipal é reconhecida.
A maioria dos distritos do continente de Portugal está em alerta vermelho, o máximo grave, devido ao clima quente, com mais de cem municípios em maior perigo de incêndio rural, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.