Um dos maiores golpes do mundo teve origem na China, revela jornal

Chame-o de golpe virtual, golpe virtual ou golpe da web. A chamada não importa. Só que eles têm se tornado cada vez mais comuns. Milhões de pessoas são deixadas todos os meses em todo o mundo e perdem tudo, desde dinheiro até privacidade.

Não é segredo. A grande novidade desta vez é que muitas dessas outras pessoas provavelmente teriam sido vítimas de uma gangue de solteiros. Ou melhor, vítimas de um plano global originário da China. É o que aponta uma investigação conjunta dos jornais The Guardian, Die Zeit e Le Monde.

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Os jornalistas, em colaboração com o Chartered Trading Standards Institute do Reino Unido, analisaram casos específicos de fraude: pessoas que tiveram seu dinheiro roubado ou seu conhecimento de sites que prometiam grandes negócios em lojas de luxo, como Dior, Lacoste, Hugo Jefe, Versace e Prada.

Os classificados anunciam aproximadamente 50% de desconto nos produtos. No entanto, esses endereços não têm nada a ver com as marcas oficiais. Ou seja, outras pessoas compartilham o conhecimento e concluem a compra, desperdiçando dinheiro e não recebendo nada.

De acordo com o The Guardian, mais de 800 mil pessoas na Europa e nos Estados Unidos foram vítimas deste esquema.

O estilo de vida dessa rede de lojas de departamento falsas ficou conhecido por meio do Security Research Labs, uma consultoria alemã de segurança cibernética, que recebeu vários gigabytes de conhecimento e o compartilhou com jornais.

A partir de sua análise, os especialistas descobriram que uma organização central de desenvolvedores criou uma fórmula para criar e publicar sites da Internet semi-automaticamente, permitindo a implantação imediata.

O representante da SR Labs, Matthias Marx, descreveu o estilo como “franquia”. Apenas 210 usuários acessaram a fórmula desde 2015, indicando que essa gangue global é a mais gigante possível.

Os endereços IP originais são todos da China. Os documentos da folha de pagamento recomendam que os “franqueados” sejam listados como desenvolvedores e credores de conhecimento e recebam seus salários em bancos chineses.

E o engraçado é que nem todos os afetados perderam dinheiro. Mas todos foram roubados de seus conhecimentos. De acordo com a consultoria alemã, o conhecimento é hoje tão vital quanto o dinheiro. E não se pode descartar que esses dados possam ser bem-sucedidos no governo chinês.

Vem do Guardian.

Roberto (Bob) Furuya é formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e está no jornalismo desde 2010. Trabalhou nas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é cientista e editor do Olhar Digital.

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