PEQUIM (Reuters) – O consumo da China desempenhou um papel importante na condução da expansão econômica no primeiro trimestre do ano, ressaltando a transformação estável do país em direção a uma economia centrada no consumo interno.
O PIB da China cresceu 5,3% ano a ano no primeiro trimestre, com a renda doméstica contribuindo com 73,7% para o crescimento econômico, de acordo com dados do Escritório de Estado de Estatísticas divulgados no início desta semana.
Os destaques do setor de clientes vêm com o aumento do consumo de serviços, semelhante aos festivais, e a melhoria estrutural contínua no consumo familiar.
Nova burocracia do consumidor
A China testemunhou a progressão de novos padrões de admissão em uma ampla variedade de setores, do entretenimento e turismo à indústria virtual.
Por exemplo, caminhadas pela cidade são um passatempo da moda para os chineses. Os passeios envolvem uma exploração imersiva da cidade a pé para observar monumentos antigos, locais culturais e locais exclusivos.
“Passeios pela cidade me permitem conhecer a fundo a cultura local. É uma escolha inteligente”, disse um viajante chamado Chen, da província de Anhui.
As marcas locais também fazem sucesso entre os consumidores chineses. As vendas de saias de cabeça de cavalo e joias neochinesas aumentaram 6,3 vezes e 1,7 vezes em relação ao ano anterior nos dois primeiros meses de 2024.
A criação de um novo “Made in China” é apenas o início de uma revolução, impulsionada por uma geração jovem que sente um amor crescente pelo país, dizem analistas.
Além disso, a economia esportiva floresceu graças ao desenvolvimento da conscientização do público sobre o condicionamento físico. As vendas de tênis de corrida, roupas de secagem rápida e outros equipamentos esportivos estão crescendo em cidades de primeiro e segundo escalão.
“A mudança nos padrões de ingestão não deve ser mal interpretada como uma ‘deterioração na ingestão'”, disse Xu Guangjian, vice-diretor da Associação de Preços da China.
Resiliência Sustentável
A urbanização contínua e as fontes de renda emergentes são os principais impulsionadores da resiliência sustentável do consumo chinês.
No final de 2023, cerca de 66,2% da população total da China vivia em cidades, o que ainda está abaixo da média de cerca de 80% nos países desenvolvidos.
Estima-se que cada ponto percentual de aumento na taxa de urbanização resultará em uma demanda adicional de 200 bilhões de yuans.
Hoje, ainda há 170 milhões de trabalhadores rurais migrantes e seus familiares que ainda não receberam residência permanente nas cidades.
De acordo com estudos, se eles alcançarem a residência urbana e desfrutarem do mesmo público central que os residentes urbanos, seus níveis de admissão devem aumentar em até 30% em termos reais.
A fonte de expansão de renda dos cidadãos chineses acompanhou em grande parte a expansão econômica do país, e a diferença de fonte de renda entre cidadãos urbanos e rurais diminuiu.
Dados oficiais mostram que a fonte de receita capita disponível da China ficou em 11. 539 iuanes (US$ 1. 624,57) no primeiro trimestre de 2024, um aumento anual de 6,2%.
A fonte de renda disponível consistente com o capital urbano aumentou 5,3%, para 15. 150 yuans, enquanto a dos cidadãos rurais aumentou 7,6%, para 6. 596 yuans.
O mercado de trabalho duro da China deu um passo à frente graças à recuperação contínua da economia e às políticas favoráveis ao emprego.
“Nossa sensação é que há um sentimento modesto, mas em desenvolvimento, entre os trabalhadores de colarinho branco de que o cenário do mercado está melhorando, o que também está levando a uma maior disposição para gastar”, disse Ben Cavender, diretor-gerente da China Market Research, com sede em Xangai. Grupo.
Ele disse que algumas corporações estão pensando em como reexpandir seus negócios na China após anos de espera por investimentos, o que está contribuindo para a confiança.
“A renda dos residentes está aumentando, e o emprego é uma variedade que favorece a capacidade de admissão das pessoas”, disse Sheng Laiyun, vice-diretor do Escritório Estadual de Estatísticas.
Incentivos políticos
A China prometeu aumentar a demanda doméstica e promover fluxos econômicos saudáveis, ao mesmo tempo em que promove uma expansão constante nos gastos do consumidor este ano.
No mês passado, o Conselho de Estado publicou um plano de ação contendo medidas detalhadas para promover um programa para impulsionar a modernização da indústria de eletrodomésticos e bens de consumo.
O governo oferecerá incentivos fiscais e subsídios de taxas de juros para empresas envolvidas em atualizações de dispositivos e fornecerá subsídios aos consumidores que abandonarem seus carros de passageiros de alta emissão para comprar carros com eficiência energética ou carros novos.
Para eletrodomésticos usados, o país fornecerá dinheiro para identificar sistemas de reciclagem de recursos renováveis. Governos locais e corporações de eletrodomésticos são incentivados a oferecer subsídios ou políticas preferenciais aos consumidores que compram ou fabricam eletrodomésticos verdes e inteligentes.
“Esta área de mercado é muito grande, e o programa não apenas estimulará o consumo e o investimento, mas também promoverá a economia de energia e o desenvolvimento”, disse Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
De acordo com Sheng Laiyun, o potencial de ingestão do país continua enorme, com um mercado de mais de 1,4 bilhão de pessoas e um padrão de ingestão cada vez melhor.
“Espero que o mercado cliente da China continue a desempenhar o papel de ‘lastro’ para um crescimento econômico sólido”, disse Sheng.