Esta medida do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, foi aprovada em consulta plenária da Assembleia da República no final do debate sobre o programa do XXIV Governo, e obteve votos favoráveis de todos os partidos: PSD, PS, Chega, IL, BE, PCP, Livre, CDS-PP e PAN.
Numa carta dirigida à Assembleia da República, datada de 04 de abril, Marcelo Rebelo de Sousa refere que pretende viajar para Cabo Verde entre 30 de abril e 3 de maio, convidado pelo seu homólogo, José Maria Neves, para participar nas comemorações dos 50 anos da libertação do Tarrafal.
No dia 1 de maio, está agendado o rito dos 50 anos da libertação dos últimos prisioneiros do campo de concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago.
Localizado na cidade de Chão Bom, o antigo campo de concentração do Tarrafal, construído em 1936, recebeu os primeiros 152 presos políticos a 29 de outubro do mesmo ano, depois de ter funcionado até 1956.
Reabriu em 1962 como campo de Trabalho de Chão Bom, destinado a aprisionar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. No total, mais de 500 pessoas foram encarceradas neste “campo de morte lenta”.
Após sua desativação, o complexo funcionou como um centro de educação militar. Desde 2000 alberga o Museu da Resistência e em 2004 foi classificado como Património Cultural Nacional e está na lista provisória de Património Cabo Verde da UNESCO.
A aprovação da Assembleia da República à visita do Chefe de Estado ao estrangeiro é uma formalidade imposta pela Constituição, que estipula que o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do Parlamento.
Conteúdo diário dos assinantes do Correio da Manhã Exclusivos.
(enviado diariamente)