Apoiantes do deputado moçambicano expulsos à força da reunião da Renamo

Os jovens tentavam protestar em frente à sala de reuniões do Conselho Nacional de Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), no Hotel Glória, na capital moçambicana, quando os seguranças do partido os expulsaram à força e derrubaram cartazes com as palavras de Venâncio Mondlane. candidato.

“Precisamos que deem oportunidade a todos nas eleições internas do partido. Agora eles precisam introduzir uma exigência de que os candidatos terão que ter pelo menos 15 anos de ativismo, o que não faz sentido porque não está nos estatutos”, disse. disse à Lusa Esmeralda Gonçalves, uma das jovens manifestantes.

“Precisamos de Venâncio Mondlane”, gritava Tucha Bernardo, enquanto atacava e perseguia os seguranças da Renamo, perante a imprensa e altos funcionários do partido, bem como o actual presidente, Ossufo Momade.

Reagindo à Lusa à porta da sala de reuniões, o porta-voz do partido minimizou a importância da manifestação, afirmando que os órgãos do partido estavam reunidos “para trabalhar”.

“Não faz o menor sentido. É um quadro que se reúne e os membros do Conselho Nacional que têm direito estão dentro. Não estamos aqui para demonstrar. O partido não é uma pessoa”, disse Manteigas.

Numa carta aberta publicada no sábado, o deputado da Renamo e antigo candidato à câmara de Maputo nas últimas eleições autárquicas, Venâncio Mondlane, exigiu que o Conselho Nacional da Renamo rejeite o perfil de candidato à presidência de Moçambique apresentado através da Comissão Política. Considerando que isso viola os estatutos.

“O perfil não é criado de forma objetiva e independente, uma vez que visa, em particular, excluir uma pessoa expressa, o que viola os mais elevados princípios elementares da estratégia normativa que impõe que as regras sejam gerais e abstratas”, afirmou Venâncio Mondlane, num discurso aberto. . Carta aos membros do Conselho Nacional da Renamo.

Segundo Venâncio Mondlane, membro do partido desde 2018, a Comissão Política da Renamo propôs, entre outros requisitos, que os membros do partido que pretendam candidatar-se a cargos públicos tenham pelo menos 15 anos de ativismo.

A Renamo é liderada por Ossufo Momade desde a morte de Afonso Dhlakama, em maio de 2018; O mandato dos órgãos sociais do partido terminou a 17 de janeiro.

No entanto, nessa altura, o porta-voz do partido, José Manteigas, indicou Ossufo Momade como candidato ao cargo de Presidente da República nas eleições de outubro.

A liderança da Renamo tem sido criticada externa e internamente, com o antigo chefe do braço armado do partido, Timosse Maquinze, a acusar Ossufo Momade de alegadas irregularidades nas eleições autárquicas de outubro passado, alegadamente a favor do partido no poder (Frelimo). e esqueça o cenário da guerrilha partidária recentemente desmobilizada.

Três militantes já anunciaram a intenção de concorrer à liderança da Renamo, num ano em que Moçambique realiza eleições gerais, presidenciais: o deputado e ex-candidato à câmara municipal de Maputo Venâncio Mondlane, o irmão do líder histórico do partido, Elias Dhlakama, e o ex-deputado Juliano Picardo.

O presidente da Câmara de Quelimane, Manuel de Araújo, disse que está a estudar essa possibilidade.

A assembleia do Conselho Nacional da Renamo antecede o congresso eletivo do partido da oposição moçambicana, marcado para 15 e 16 de maio.

Moçambique vai realizar eleições gerais a 9 de outubro, além das presidenciais.

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