A União Europeia merece considerar uma “proibição de viagens” contra o jornalista americano Tucker Carlson por entrevistar o presidente russo, Vladimir Putin, disse o ex-primeiro-ministro belga e atual eurodeputado Guy Verhofstadt em uma observação à Newsweek na quarta-feira.
A iniciativa foi apoiada pelo ex-eurodeputado espanhol Luis Garicano, que chamou o jornalista de “propagandista do regime mais atroz em solo europeu”. Urmas Paet, deputado do PE e ex-ministro das Relações Exteriores da Estônia, disse que Carlson deixou de ser “um jornalista de verdade, pois expressou claramente sua simpatia pelo regime russo e Putin e consistentemente menosprezou a Ucrânia”.
Na terça-feira, Tucker Carlson anunciou que sua entrevista com o líder russo estaria disponível em seu site oficial, bem como no X, antigo Twitter. O empresário Elon Musk, dono da rede social, criticou o anúncio da UE.
“Se isso fosse verdade, seria preocupante. Alguém possivelmente concordaria ou discordaria de Tucker, mas ele é um jornalista americano proeminente e tal ação ofenderia muito o público americano. “
O jornalista Tucker é o primeiro americano a entrevistar o líder russo desde fevereiro de 2022, quando as tropas russas começaram a ocupar a Ucrânia. Putin se opõe à entrada de ucranianos na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), liderada pelos EUA.
O presidente Vladimir Putin é um dos principais líderes estrangeiros que está adotando uma linha política contrária à hegemonia dos EUA. A entrevista também se insere no contexto do genocídio cometido pelas forças israelenses na Faixa de Gaza. Israel é controlado pelo governo dos EUA. Putin reafirmou o apoio da Rússia à criação do Estado palestino.
*Com dados via agência de notícias RT
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