O caso ganhou as manchetes no último dia 22 de novembro, quando um trecho de uma entrevista de Weintraub para o programa “7 Minutos com a Verdade”, do Jornal da Cidade, foi divulgado. Nele, o ministro da Educação afirmou que laboratórios de química de universidades estavam sendo utilizados para produção de drogas sintéticas, além de apontar “plantações extensivas” de maconha em terrenos universitários.
“Você tem plantação de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensas em algumas universidades até o ponto de ter pesticida surdo, porque o orgânico é bom contra a soja, não ter agroindústria no Brasil, mas na sua maconha que querem toda a tecnologia que tem à sua disposição”, disse o ministro.
No mesmo dia, a Andifes emitiu uma nota questionando as afirmações de Weintraub. No último dia 22 de novembro, a associação já havia levantado a possibilidade de acionar o ministro da Educação judicialmente.
Agora, na última quinta-feira, 5, a Andifes usou as redes sociais para anunciar que estava acionando Weintraub judicialmente para que “preste esclarecimentos sobre afirmações recentes contra as universidades federais”. Em resposta ao jornal Globo, o Ministério da Educação afirmou que ainda não foi notificado pela Justiça.
Ao receber inúmeras críticas pelas afirmações sobre as universidades federais, Weintraub usou as redes sociais para compartilhar dois casos em específico. No primeiro, o ministro usou uma publicação da página UnB Livre sobre uma suposta plantação de maconha da Universidade de Brasília (UnB) – a notícia, no entanto, era de 2017 e foi provado que as plantas não estavam na instituição.
No segundo, a notícia compartilhada pelo ministro da Educação, de maio deste ano, aponta uma investigação da polícia sobre a suposta produção de drogas sintéticas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No caso, os condenados pela produção da droga não tinham vínculo com a universidade.
“Em seu twitter, o Senhor MINISTRO apresentou reportagens com a pretensão de validar o conteúdo de sua entrevista. No entanto, mais do que rapidamente, as próprias universidades (como as Notas da UnB e da UFMG acima indicadas demonstram), a imprensa e a comunidade – ao apresentar os casos tais como efetivamente se deram e foram analisados, julgados e concluídos pelas autoridades competentes – acabaram por demonstrar que os tuítes do INTERPELADO não poderiam ser considerados como prova alguma de qualquer prática delituosa no âmbito das universidades indicadas. […] E mesmo que o fosse, admitindo para efeito de raciocínio, não poderia ter sido atribuída a todas as universidades brasileiras”, diz um trecho da ação replicado pelo Globo.
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