O presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu o Parlamento e convocou eleições parlamentares antecipadas para 30 de junho. A segunda circular está prevista para 7 de julho. O anúncio ocorre diante da muito provável derrota da aliança de Macron por meio da Rassemblement Nationale (Reunião Nacional), de extrema direita. partido no Parlamento Europeo. Se espera que a coalizão conquiste mais do que o dobro de votos que a aliança de Macron e tenha maior representação no bloco. O RN, liderado por Jordan Bardella e Marine Le Pen, deve obter entre 32,3% e 33% dos votos, contra 14,8% a 15,2% da coalizão de Macron, segundo estimativas do Ifop e do Ipsos.
A vitória do partido de Bardella e Le Pen é um duro golpe para Macron e seu primeiro-ministro, Gabriel Attal, que estiveram pessoalmente envolvidos na campanha, com o objetivo de impedir a extrema direita, que segundo o presidente francês poderia simplesmente “bloquear” a União Europeia. O resultado do RN, por outro lado, será um dos mais produtivos de sua história e reforça os esforços do grupo para transmitir um símbolo mais moderado do partido. O partido se consolidou como a maior oposição a Macron. depois que o presidente francês perdeu a maioria em 2023.
Ao dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas, o presidente francês declarou que os efeitos eram “uma crise que deve ser ignorada” e que “a ascensão de nacionalistas e demagogos constitui um perigo”. A arriscada resolução política de Macron ocorre às vésperas dos Jogos Olímpicos. no país.
Macron derrotou Le Pen nas eleições de 2017 e 2022, vencendo as duas eleições por ampla margem: com 66,1% dos votos em 2017 e 58,54% em 2022. Logo após o anúncio, Le Pen declarou sua vitória “histórica”. “Estamos em posição de ganhar força se os outros franceses nos derem sua confiança nas próximas eleições nacionais”, disse ele em um comício no domingo (9).
A organização de centro-centro, centro-direita, centro-esquerda e liberal deve manter sua maioria no Parlamento Europeu, de acordo com estimativas. O Partido Popular Europeu (PPE) deve conquistar 181 cadeiras, uma a menos do que nas eleições de 2019, permanecendo como a maior organização do bloco. As equipas de extrema-direita terão de ganhar mais espaço, mas sem deslocar a maioria existente.
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