Ester Cerdeira Sabino: No meio do coronavírus, de Léo Ramos Chaves

Quando chegou ao Brasil, em fevereiro, o mais recente coronavírus que emergiu na China encontrou uma equipe de pesquisadores preparada, que já trabalhava com o agente causador da dengue, dominava uma técnica de mapeamento genético rápida e não perdeu tempo para mergulhar no sequenciamento das amostras de vírus colhidas dos primeiros pacientes atendidos na cidade de São Paulo. À frente desse grupo está a médica Ester Sabino, paulistana de 60 anos, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FM-USP) e coordenadora do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), financiado pelo Medical Research Council, do Reino Unido, e pela FAPESP.

Embora reconheça que começou a trabalhar com coronavírus por acaso, não é a primeira vez que ela faz esse tipo de trabalho. No início da década de 1990, quando trabalhava no Instituto Adolfo Lutz (IAL) e na Fundação Pró-Sangue, Sabino participou do sequenciamento das variedades de HIV encontradas no Brasil. Nos anos seguintes, ela articulou grupos de pesquisa em transfusão de sangue e doenças tropicais para seguir 2 mil pessoas com doença de Chagas e outras 3 mil com anemia falciforme, que ela estuda desde 2006.

O sequenciamento genético do coronavírus trouxe uma fama repentina aos pesquisadores desse grupo – dos 27, 17 são mulheres e 14, bolsistas apoiados pela FAPESP –, que se tornaram entrevistados frequentes em jornais, rádio e televisão durante semanas. Mas não aliviou a preocupação de Sabino com o avanço da epidemia no Brasil, como relatado na entrevista a seguir, concedida em 6 de março.

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Este texto foi publicado originalmente pela FAPESP Research sob a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

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