Brasil enfrenta intensa onda de calor no fim do verão

A população brasileira clama por alívio das altas temperaturas, mas a partir desta segunda-feira (11) a onda de calor no país deverá ser ainda mais intensa. Os termômetros prevêem temperaturas de até 10°C acima. normal, tudo por causa de uma massa de ar quente vinda do norte da Argentina.

A chegada desta terceira onda de calor será marcada por um bloqueio atmosférico. Como resultado, as frentes exangues não conseguem avançar e o ar aprisionado ganha força.

A situação também evita a formação de nuvens espessas, ao mesmo tempo que mantém o ar seco (e mais quente).

Os meteorologistas estimam que o calor dure pelo menos dez dias, mas o calor excessivo deve durar muito mais e durar durante todo o verão, que termina no dia 20.

De acordo com o Metsul Meteorologia, a Argentina e o Paraguai são os mais afetados pelo calor nesta semana, com temperaturas estimadas em 43 °C a 45 °C. No Brasil, as consequências desse ar quente e seco impactam principalmente as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Na região Centro-Oeste, o alerta fica por conta de Mato Grosso do Sul, que enfrenta temperaturas acima de 37°C, enquanto em algumas localidades são esperados 40°C.

Enquanto isso, na região do Pantanal (fronteira com o Paraguai), o clima fica ainda mais quente: as temperaturas podem ultrapassar os 40°C.

No Sudeste, o interior de São Paulo é o principal destino de temperaturas máximas, principalmente nos finais de semana. As máximas registradas no termômetro podem variar de 35°C a 40°C. Outra é que são esperadas chuvas na capital paulista. estar ausente durante este período.

Em Minas Gerais, a chuva deve diminuir, o que contribui para o calor. O site estima que Belo Horizonte será tomada pelo ar quente principalmente nos dias 15 a 20, período que coincide com o calor intenso no Rio de Janeiro — neste caso, a máxima ultrapassa os 40 °C por vários dias.

Justamente por estar mais perto da Argentina e do Paraguai, a região Sul é a maior vítima da onda de calor: o Rio Grande do Sul vê máximas generalizadas acima de 30 °C, enquanto no Oeste, no Noroeste e nos vales, as máximas alcançam 37 °C a 39 °C.

Por sua vez, Santa Catarina enfrenta máximas de 40 °C, principalmente nas áreas que fazem fronteira com a Argentina. O tempo deve ser ainda mais seco que nos outros estados, algo que só deve mudar na próxima semana, quando chega a umidade.

Não é novidade que o país enfrenta um calor extremo. Em novembro, a temperatura no Brasil chegou a 45°C. No Canaltech, o meteorologista Willians Bini, diretor de clima do FieldPRO, explica que a massa de ar quente responsável pelos próximos dias quentes é um “fenômeno meteorológico comum relacionado a uma região de estresse máximo onde há pouca cobertura de nuvens”. o que leva a temperaturas em níveis mais elevados.

O especialista chama a atenção para o fenômeno El Niño, relacionado a essa nova onda de calor: “Uma das características do El Niño é que, em média, as temperaturas são mais altas. Se você se lembra, desde o inverno do ano passado, passamos por “um ciclo muito longo de vários períodos quentes. Os invernos já mais quentes de julho e agosto do ano passado foram os mais quentes já registrados no planeta desde que os humanos começaram a medir as temperaturas.

Segundo Bini, para que uma onda de calor se constitua, terá de haver “pelo menos cinco dias consecutivos em que a temperatura esteja 5ºC acima da média”. Em suma, há um domínio de alta tensão que acaba se fortalecendo e se expandindo.

Questionado se há algum tipo de crise relacionada à onda de calor, Bini diz que algumas das consequências negativas envolvem baixa umidade e problemas de condicionamento físico, como o acúmulo de problemas respiratórios, mas que a crise se deve a condições mais graves. como chuva, vento ou granizo, “algo que, precisamente, não traz a massa de ar quente e seco”.

Fonte: Climatempo, Metsul Meteorologia

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