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06/08/2024 20:34, atualizado em 06/08/2024 20:34
Isso foi feito por meio de jornalistas que fazem parte do projeto Comprova, criado para combater a desinformação, do qual a Metrópoles faz parte. Saiba mais sobre esse componente aqui.
Conteúdo sob investigação: Mensagem legendada que pergunta o que o Supremo Tribunal Federal fará com o conteúdo do vídeo em que uma mulher pede explicações após verificar, em consulta ao site “Veja o seu voto”, que foram contabilizados os votos para Lula em nome de membros do seu círculo de parentes já falecidos. E que o seu voto, que seria para Jair Bolsonaro, não foi registrado.
Onde ele postou: X, Facebook e WhatsApp.
Conclusão do Comprova: circula nas redes sociais uma mensagem perguntando o que o Supremo Tribunal Federal (STF) fará em resposta a um vídeo em que uma mulher afirma que foram contabilizados os votos de 3 pessoas falecidas e de outras pessoas de seu círculo familiar para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, no município de Camaçari (BA). Ele mostra registros de óbitos e tecidos postados em uma página online chamada “See Your Vote”. Vídeos circulam desde pelo menos 2022 citando o mesmo site e afirmações semelhantes, segundo as quais Bolsonaro teria sido prejudicado e Lula teria sido beneficiado. Esses conteúdos são falsos, pois o voto é secreto e não pode ser descoberto em lugar nenhum. site ou portalArray
A mulher do vídeo, conhecida como Marlene, afirmou que os sogros e a mãe, todos falecidos, foram “ressuscitados” para votar em Lula. Ele disse ainda que seu próprio voto em Jair Bolsonaro não foi contabilizado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou a informação, confirmando que Marlene votou nas eleições de 2022 e que seu título de eleitor estava em ordem. A empresa mostrou que os títulos eleitorais das demais pessoas comentadas no vídeo foram cancelados. Estas outras pessoas, que morreram em 2011 e 2016, não votaram nas últimas eleições presidenciais. Seus nomes não aparecem nas urnas nem nas urnas eletrônicas.
A Corte também reafirmou que o voto é secreto e que não é imaginável acessar de qualquer forma a opção escolhida por cada eleitor. “Como os votos são registrados de forma codificada em um cartório chamado Registro Digital de Voto (RDV) “Nem mesmo o próprio Tribunal Eleitoral tem esses dados porque não há como associar a ligação do usuário ao número cadastrado ou à candidatura selecionada por meio do eleitorado”, explicou.
A página online “See Your Vote” prometia revelar em quem o eleitorado votou digitando seu número de CPF. O TSE observa, no entanto, que enquanto estava ativo, o site retornou um voto esperado independentemente do número colocado na barra de busca, mesmo que não seja um CPF válido.
Em abril de 2023, um controle de conteúdo enganoso vinculado à mesma página online, Marcos Simplício, professor e pesquisador do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC-USP) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, foi pressionado para que o Comprova não o fizesse. O site provavelmente teria acesso às informações de votação.
“A urna mostra a contagem geral de votos de cada urna, não há dados sobre o voto de nenhum eleitor específico. Nos pontos de venda da RDV, cada voto é individual, mas não está relacionado com o eleitor, nem sequer com a ordem em que os votos foram emitidos, pois são registados aleatoriamente. O registro não inclui os nomes de outras pessoas que votaram, apenas quando a votação começou. Inclui o horário de início e término da votação, mas não implica em quem o eleitor votou, é possível saber o horário que foi mostrado para o governador e o presidente, por exemplo, mas é impossível saber. Qual deles. O candidato já foi eleito”, explicou Simplício.
Segundo apuração do Estadão Verifica, o site foi cadastrado em 8 de dezembro de 2022 e ficou quatro dias no ar, até ser fechado no dia 12. A página voltou a ficar disponível no dia seguinte, mas ficou inativa recentemente.
Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou editado para substituir o original e divulgado intencionalmente para espalhar uma mentira.
Cuidado com estranhos que pedem seu conhecimento não público em troca de dados ou outros benefícios.
Escopo das publicações: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos de maior sucesso nas redes sociais. Neste caso, o conteúdo foi investigado porque um
Fontes consultadas: Tribunal Superior Eleitoral.
Por que o Comprova investigou esta postagem: O Comprova monitora conteúdos suspeitos postados em mídias sociais e aplicativos de mensagens relacionados a políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições, e abre investigações sobre postagens que têm maior sucesso e engajamento. Você também pode recomendar verificações pelo WhatsApp 55 11 97045-4984.
Outras checagens sobre o tema: O Comprova já analisou outros conteúdos semelhantes à página Veja seu voto online. Em março deste ano, a comissão concluiu que é falso um vídeo em que um menino afirmava que seu pai, morto em 2000, havia votado em Lula nas eleições de 2022. Em alguma outra verificação, publicada em abril, uma postagem classificada, mostrada de forma enganosa por meio de uma mulher alegando que seu marido teria votado nas eleições de 2022 mesmo que tivesse morrido. “Fake” também revelou que a página online apresentava dados falsos e representava uma ameaça à proteção dos visitantes.
Dois carros analisaram o vídeo dos 3 falecidos que supostamente votaram em Camaçari. São eles: Estadão e UOL.
Essa verificação foi apoiada por detetives participantes do programa de residência do Comprova.
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