O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou a demissão de Filipe Martins, ex-assessor estrangeiro de Jair Bolsonaro (PL). Os dados são da defesa de Martins.
Martins foi preso em fevereiro passado como parte da Operação Tempus Veritatis, que investiga o plano de golpe planejado para impedir Lula (PT) de assumir o cargo e manter Bolsonaro na presidência.
Leia também: – Suspeito de “golpe de troca de cartões” em Goiás é preso em hotel em Araguaína – Escola de popularidade de paternidade realiza teste de DNA solto
Segundo a defesa de Martins, o pedido de soltura já chegou ao presídio, onde ele está detido desde fevereiro por ordem de Moraes. A defesa também alegou que tinha provas de que não viajou para os Estados Unidos com Bolsonaro pelo suposto objetivo. para fugir do país.
O conhecimento de geolocalização do celular mostrou que o aparelho esteve no Brasil de 30 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023. De acordo com as gravações das antenas nos espaços que captaram o sinal do aparelho, o celular em Brasília em dezembro 30 da data da viagem de Bolsonaro.
No governo, Martins faz parte do núcleo cujo guru é o filósofo Olavo de Carvalho.
Em seu acordo de confissão, Mauro Cid, ex-ajudante de campo de Bolsonaro, citou um plano supostamente apresentado por Filipe Martins para convocar novas eleições e prender opositores. Segundo o Cid, Martins apresentou uma minuta da proposta de golpe ao então presidente para análise.
A defesa de Martins alega que ele não estava presente na resolução que levou à prisão e que “solicitou o preenchimento do arquivo para posterior exame e demonstração”.
Nomeado para o cargo de assessor especial no início do governo Bolsonaro, ele faz parte da transição de governo na organização de Ernesto Araújo, que ocupou o cargo de ministro das Relações Exteriores em parte do governo Bolsonaro. O papel de Martins é servir de ponte entre o chanceler e o Palácio do Planalto.
Durante o governo, Martins protagonizou episódios por meio de declarações e gestos. Por exemplo, ele foi indiciado pela polícia senatorial, que concluiu que um gesto feito nas costas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a consulta tinha conotação racista. O relatório foi enviado ao Ministério Público Federal, a quem cabe decidir se denuncia Martins ou se merece ser arquivado.
No Twitter, Martins disse que estava ajustando a lapela do terno e negou ter feito gesto racista.
Aluno e admirador de Olavo de Carvalho, graduado em Relações Exteriores pela UnB (Universidade se Brasília), diretor de Relações Exteriores do PSL, sigla com a qual o ex-presidente escolheu.
Na época, Martins também era conhecido como devoto de Steve Bannon, ex-estrategista do presidente dos EUA, Donald Trump. Natural de Sorocaba (SP), ganhou o apelido de Sorocabannon.
Crescendo em uma comunidade pobre de Sorocaba, São Paulo, Martins estudou em uma escola pública e, antes de fazer o exame, fez o exame por conta própria. Aos 17 anos, conheceu Olavo de Carvalho.
Tinha afinidades com aqueles fundados nos Estados Unidos em termos de forma e conteúdo. Ele critica, por exemplo, o chamado globalismo, o ateísmo, o aborto e a descriminalização das drogas.
Moraes ordena a morte de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro suspeito de tentativa de golpe de Estado