Bolsonaro amplia afastamento de aliados em 2018 e impõe candidatos para 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em rota de colisão com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), distanciando-o de um de seus aliados na região Norte e deve deixar rachaduras na consolidação das plataformas. para as eleições de 2026.

A crise aprofunda a separação do ex-presidente da geração de governadores eleitos com ele em 2018, enraizada no discurso da “nova política” que tem quadros de direita.

Bolsonaro e Wilson Lima chegaram a um acordo no início deste ano para liberar um único candidato a prefeito de Manaus, o que repetiria os duplos sucessos alcançados em 2018 e 2022. No entanto, o PL terá que ter seu próprio candidato, que também é o possível candidato de Bolsonaro. para o Senado em 2026

Caso a separação entre Wilson Lima e Bolsonaro se concretize, ele será o melhor amigo da geração de 2018 que seguirá um caminho diferente do ex-presidente. Entre 2019 e 2022, enquanto era presidente, Bolsonaro rompeu com os governadores João Doria (SP), Wilson Witzel (RJ) e Carlos Moisés (SC). Os três não ocupam cargos eletivos ultimamente.

O ex-presidente também tem relações tensas com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e terá que se opor aos governadores de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), e de Roraima, Antônio Denarium (PP). Matriz eleita pelo mesmo partido de Bolsonaro em 2018, o PSL.

Na disputa pela prefeitura de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com a participação direta do ex-presidente, o PL aliou-se ao PSDB estadual e implodiu a aliança com o PP patrocinada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS). na capital, em uma disputa que abalou as relações entre três ex-ministros de seu governo.

Na pré-campanha de Manaus, o PL apresentou o deputado federal, Capitão Alberto Neto, enquanto a União Brasil apostou suas fichas no deputado estadual Roberto Cidade, pré-aspecto da Assembleia Legislativa. A definição do candidato seria feita na segunda quinzena de junho, mas nenhum dos lados quis ceder.

Na semana passada, Bolsonaro e Wilson Lima tiveram uma assembleia final em Brasília. O governador chegou acompanhado do presidente do PL estadual, Alfredo Nascimento, uma ligação próxima a Valdemar Costa Neto.

Ele apresentou os estudos eleitorais ao ex-presidente e reiterou a candidatura de Roberto Cidade, que tem conseguido, com o governo, um arco de alianças que vai do PP ao PSB.

O capitão Alberto Neto, por sua vez, tomou a decisão de enfrentar o governador e recebeu nesta semana a da empresária Maria do Carmo Seffair (Novo), que deve ocupar o cargo de vice-presidente da lista. Ela é cunhada do deputado federal Átila Lins (PSD) e entrou na política com um discurso bolsonarista.

A aliança foi forjada em uma assembleia em Brasília com Valdemar e ganhou a aprovação de Bolsonaro.

No mesmo dia, o ex-presidente empresarial Wellington Lins, marido de Maria do Carmo, com a medalha “três é”, com as expressões “inconectável, imortal e intragável”.

Em um vídeo com Alberto Neto e Maria do Carmo, Bolsonaro descreveu Manaus como uma cidade vital para identificar sua posição na região amazônica: “Tenho certeza de que com essa dupla todos temos que vencer. “Não é a cidade de Manaus, é o Brasil como um todo”, disse ele.

Com o aumento das tensões, os candidatos a Alberto Neto foram demitidos através de Wilson Lima, entre eles a esposa do candidato do PL, cabo da Polícia do Exército que ocupava cargo na Casa Militar e voltou a trabalhar por chamada policial.

Procurado, o governador disse à Folha que não houve ruptura com Bolsonaro e que “a tarefa da direita para 2026 é muito maior”, minimizando assim o conflito local. Ele também não descarta uma composição imaginável entre agora e 5 de agosto, data do fim das convenções.

As eleições em Manaus são apresentadas em um cenário fragmentado. Além de Alberto Neto e Roberto Cidade, os candidatos são o prefeito David Almeida (Avante), o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) e o ex-deputado Marcelo Ramos (PT).

Evangélico e eleitor declarado de Bolsonaro, o prefeito não conseguiu o apoio do ex-presidente. Para se isolar, recorreu aos senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), que têm captado recursos do governo Lula (PT) para a máquina municipal.

Dentro do PL, a avaliação é que a candidatura de Alberto Neto é viável e possivelmente seria motivada pelo viés Bolsonaro do eleitorado de Manaus. Em 2022, Lula derrotou Bolsonaro no Amazonas, mas a situação se inverteu na capital, onde o ex-presidente obteve 61% dos votos no segundo turno.

Mesmo que vença, a campanha serviria para posicionar Alberto Neto como possível candidato ao Senado em 2026, com o mesmo objetivo de Wilson Lima, que terminará seu segundo mandato. Haverá duas vagas dependendo do status em jogo.

Essa atribuição isolaria um dos aliados mais próximos de Bolsonaro no Amazonas: o coronel Menezes, que trocou o PL pelo PP, será Roberto Cidade e lamenta o departamento de direita no Amazonas.

“O namoro do presidente Bolsonaro com o governador tem sido cordial, mas não há como antecipar o futuro. Houve uma ruptura total entre o deputado Alberto e o governador, a direita está dividida”, afirmou.

Sem uma base aliada sólida, o governador na Assembleia para garantir o espírito de equipe de sua organização política e de seus projetos eleitorais e Roberto Cidade, já reeleito presidente da Câmara para o biênio 2025-2026, é figura central nesta questão . . equação.

Sem carreira política anterior, Wilson Lima era apresentador de televisão quando se elegeu governador em 2018 pelo PSC. Durante a pandemia, ele o cercou sob acusação de irregularidade. A crise política durou meses, mas o recuo foi interrompido pela Assembleia.

No ano seguinte, Roberto Cidade assumiu a presidência do parlamento apesar da ausência de Lima, mas com o tempo tornou-se o homem de confiança do governador.

Os negócios do círculo de parentes do parlamentar também prosperaram neste período. Dados da página online Transparência do Governo do Amazonas mostram que duas empresas pertencentes a parentes do parlamentar faturaram mais de 255 milhões de reais no governo Lima. O parlamentar disse em entrevistas que os contratos foram assinados de forma legal.

(Informações da Folhapress)

A partir da próxima sexta-feira (16), serão veiculados anúncios classificados das eleições municipais de outubro, naquela que será a primeira eleição no Brasil diretamente impactada pelas novas tecnologias de inteligência artificial (IA), capazes de gerar fotografias artificiais e sons muito próximos da realidade. . . Os anúncios classificados estarão em vigor até 30 de setembro.

Na ausência de legislação de IA no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a decisão de agir e aprovar uma regulamentação para regulamentar o uso desse tipo de geração na propaganda eleitoral. De acordo com os regulamentos aprovados, o uso de “conteúdo multimídia sintético” gerado por IA deve ser acompanhado de um aviso sobre seu uso, seja em qualquer forma de propaganda eleitoral.  

Nas reproduções de rádio, por exemplo, se houver sons criados por meio de IA, o ouvinte precisará ser alertado antes que o anúncio seja transmitido. As fotografias estáticas exigem uma marca d’água, enquanto as cortinas audiovisuais precisam fornecer cuidado e exibir a marca d’água. Nas cortinas publicadas, o nome deve aparecer em cada página que contém imagens geradas por IA.  

Em caso de descumprimento, qualquer publicidade poderá ser retirada de circulação, seja por decisão judicial, seja mesmo por iniciativa dos próprios provedores de serviços de comunicação, conforme previsto na solução eleitoral que trata do tema.  

Como se não bastasse banir a desinformação em geral, um dos artigos da solução proíbe explicitamente o deep fake, proibindo “o uso, para prejudicar ou favorecer a candidatura, de conteúdo artificial em áudio, vídeo, ou uma combinação de dois, que tenha sido gerado digitalmente ou manipulado, inclusive com permissão, para criar, substituir ou ajustar o símbolo ou a voz de uma pessoa viva, falecida ou fictícia”.  

Nesse caso, as consequências do descumprimento são mais graves e podem levar à revogação do registro da candidatura ou mesmo de um mandato concebível. Há também a abertura de uma investigação por crimes eleitorais. Quem revelar fatos que sabe serem falsos sobre partidos ou candidatos e que possam exercer influência sobre o eleitorado, por exemplo, enfrenta pena de 2 meses a 1 ano de prisão.

Em matéria de desinformação, o Tribunal Eleitoral tem poderes de polícia, ou seja, pode ordenar de ofício, sem ser provocado, a retirada dos elementos em causa. A medida de expulsão possivelmente duraria menos de 24 horas se o caso fosse grave.  

As ordens poderão, por exemplo, ser direcionadas às plataformas de redes sociais, que deverão cumprir por meio de acesso conhecido aos sistemas, o que deverá ser comunicado ao Tribunal Eleitoral.  

Os principais pontos completos do regulamento sobre propaganda eleitoral podem ser encontrados na solução publicada no portal do TSE.

Uma regra antiga é que nenhuma propaganda eleitoral “deve empregar meios publicitários destinados a criar artificialmente estados mentais, emocionais ou apaixonados na opinião pública”. O anonimato também é proibido.  

Além da disseminação de desinformação, também é proibida a disseminação de preconceitos relacionados à origem, etnia, raça, gênero, cor, idade, religiosidade, orientação sexual e identidade de gênero, bem como qualquer forma de discriminação; degradar o prestígio das mulheres ou inspirar discriminação; transmitir conteúdo ofensivo que constitua calúnia, difamação ou insulto; entre outros.  

No caso de campanhas de rua, é proibido “perturbar a ordem pública”, seja por meio de “ruídos ou pelo abuso de ferramentas sonoras ou sinais acústicos, além daqueles causados por fogos de artifício”.  

Assim como nas eleições passadas, outdoors, telemarketing e entretenimento continuam proibidos, assim como o uso de dispositivos semelhantes às urnas eletrônicas como veículo de propaganda eleitoral.  

São permitidas caminhadas, marchas e caravanas, desde que localizadas entre as 8h e as 22h. e até a véspera das eleições. Um carro de som ou um mini trio elétrico podem ser utilizados nessas ocasiões, bem como em reuniões e comícios. Não é obrigatório obter autorização da polícia, mas pelo menos o governo de segurança terá de ser notificado. 24 horas antes do início da campanha.  

Os regulamentos eleitorais também detalham a potência máxima que cada um desses dispositivos de som deve ter: 10. 000 W para carros de som, 20. 000 W para mini trios e mais para trios elétricos, apenas comícios legais. No entanto, tais mecanismos só podem ser usados no contexto de um evento eleitoral, nunca isoladamente.  

Outra proibição de longa data é a produção ou distribuição ao eleitorado de presentes para os candidatos, como chaveiros, bonés, canetas ou camisetas.  

Estas e as autorizações e proibições de propaganda eleitoral constam de cartilha elaborada por meio do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

O TSE também disponibiliza o Sistema de Alerta de Desinformação Eleitoral (SIADE), que pode ser acionado em caso de desinformação, riscos e incitação à violência, desestruturação ou risco ao Estado Democrático de Direito, anomalias no uso de IA, hábitos ou discurso de ódio e recebimento de mensagens anormais.  

 

*Informações da Agência Brasil 

 

Passada a era dos congressos em Mato Grosso do Sul, partidos, coligações e federações podem formalizar suas candidaturas a vereadores e prefeitos para as eleições municipais de outubro perante o Tribunal Eleitoral até a próxima quinta-feira (15)

De acordo com o procedimento do Tribunal Eleitoral, o partido ou coligação só poderá ter um candidato à presidência e outro a vice-presidente no município. No caso dos vereadores, o partido provavelmente indicaria candidatos para o número total de cadeiras disponíveis, mais uma.

Assim, em Campo Grande os candidatos são: Rose Modesto (União), Adriane Lopes (PP), Camila Jara (PT), Beto Figueiró (Novo), Ubirajara Martins (DC), Luso Queiroz (PSOL) e Beto Pereira (PSDB).

De acordo com o Sistema de Divulgação e Prestação de Contas de Candidaturas (DivulgaCand), nos 79 municípios mato-grossenses há 96 candidatos aos cargos de prefeito e vice-presidente, além de 2. 205 candidatos aos cargos de vereadores.

  A conclusão da primeira está prevista para 6 de outubro e a segunda para 27 de outubro, conforme informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O registro permite verificar a validade dos programas. Na prática, o conhecimento permite avaliar se o candidato reúne as condições legais para concorrer ou se está impedido de ter status na eleição.

Entre as situações esperadas estão: nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos, inscrição na Justiça Eleitoral, domicílio eleitoral no cargo de candidatura e filiação.

Os candidatos ao cargo de conselheiro devem ter 18 anos de idade na data da inscrição.

Ou seja, o registo permite o controlo das candidaturas, evitando que quem não cumpra os requisitos da lei eleitoral tenha estatuto para eleições ou aceda a cargos.

O registro pode ser questionado?

Com a publicação oficial do cadastro, abre-se um prazo de cinco dias para que candidatos, partidos políticos, coligações, federações e o Ministério Público eleitoral apresentem suas objeções, denunciando possíveis irregularidades.

A decisão sobre a validade do registro será tomada por meio do Tribunal Eleitoral.

Os candidatos cujo cadastro está sendo analisado podem realizar todas as atividades transversais (usar horários flexíveis de votação, ter sua convocação nas urnas), mas os votos atribuídos a eles só serão válidos se seu registro for considerado regular.

O que acontece se o registro for irregular?

Se o Tribunal Eleitoral considerar que o registro é irregular, o candidato não poderá se candidatar à eleição. Se a decisão de se inscrever for tomada após a eleição, o candidato não terá que baixar o diploma, que é um documento obrigatório para desempenhar suas funções em um cargo eletivo.

Os votos do candidato serão atribuídos às eleições às quais concorreu.

 

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