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Desta vez, a rusga ocorreu após o governador paulista dizer que os portos de Santos e São Sebastião serão privatizados neste ano, informação negada pelo Ministério da Infraestrutrura.
“O senhor está completamente desinformado. O ministro desmentiu essa informação e, afinal de contas, com todo respeito, quem pode falar pelos ministros sou eu”, disse o presidente em suas redes.
Bolsonaro viu na declaração do tucano uma tentativa de pressionar o governo federal e ironizou: “Quando o senhor for presidente da República, daí é fácil. Só se empenhar, estar ao lado da verdade, trabalhar pelo seu estado e ajudar a sua polícia que o senhor chegará um dia (à Presidência)”, completou.
Fora da campanha, não há notícias de que um presidente tenha usado um tom como este para falar com um governador.
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Arquiteta do projeto Bolsodoria, a deputada Joice Hasselmann também foi alvo do presidente em sua live semanal, assim como o ex-aliado Kim Kataguiri. Ele se queixou as críticas recebidas por “uma deputada fofucha de São Paulo e outro deputado também meio japonesinho” por não ter vetado os R$ 2 bilhões aprovados pelo Congresso para o fundo eleitoral. Bolsonaro justificou a sanção dizendo que poderia sofrer um processo de impeachment. “Se estivessem fazendo coisas boas a primeira estaria mais magra e o segundo estaria menos pitoco de sem vergonha… Eu acho que mentir engorda, mentir engorda”, atacou o presidente.
Ambos responderam. “É lamentável que um presidente da República tenha esse comportamento e vocabulários dignos de um botequeiro de quinta categoria. Sinceramente, tenho vergonha de ver quem deveria chefiar nossa nação tecendo comentários chulos praticamente todos os dias, provocando crises internas e externas porque não consegue ter a maturidade de um homem, quiçá de um estadista”, disse Joice, em nota enviada ao site Congresso em Foco. “Infelizmente, o presidente tem dado mostras consecutivas de seu despreparo, de seu destempero, de sua desinteligência em todas as áreas. A verborragia/diarreia verbal que apresenta é só mais um sintoma de sua inconsequência”, completou.
Também em resposta ao site, Kataguiri disse que o presidente justifica a própria covardia usando apelidos infantis. “Tese do impeachment é conversa de quem fez acordo pelo fundão. Se veto desse impeachment, Bolsonaro teria caído em março”, provocou.
Os ataques a Doria têm uma motivação clara: Bolsonaro não quer concorrência em 2022 e faz questão de manter a rivalidade em fogo alto até lá, nem que para isso precise carbonizar as estruturas do pacto federativo.
Já os direcionados a Joice e Kim mostra o talento do presidente de transformar aliados reais ou potenciais em inimigos declarados. Joice chegou a atuar como líder do governo no Congresso, mas foi mandada para o paredão bolsonarista no auge da crise com o PSL.
Nada que pareça mobilizar os antigos líderes das manifestações pelo impeachment a organizar protestos de fato, além das notas protocolares, contra o boteco de quinta categoria que ajudaram a chegar onde chegou.