O ministro do Tribunal de Justiça Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendeu nesta segunda-feira 10 a um pedido da Polícia Federal (PF) e prorrogou por mais 180 dias o prazo para concluir a investigação sobre as milícias virtuais. O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos desta investigação. Com o novo prazo, a investigação terá até o fim do ano para terminar. O pedido também inclui o inquérito 4. 781, que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros da Justiça.
Aberto em julho de 2021, o inquérito sobre milícias virtuais (4. 874) é um ramo de uma investigação – a de atos antidemocráticos – que já foi arquivada. À época, a Procuradoria-Geral da República (PGR), presidida por Augusto Aras, havia defendido o abandono da investigação, medida evitada por Moraes com a abertura de um novo inquérito.
O objetivo inicial era identificar o estilo de vida de uma rede de desinformação e ataques virtuais contra adversários políticos, supostamente liderada por membros do governo Bolsonaro. No entanto, durante a investigação, outros crimes imagináveis surgiram.
Essa investigação sobre milícias virtuais inclui o caso das joias sauditas (em que Bolsonaro e seus aliados são suspeitos de promover presentes de alto valor obtidos em agendas institucionais e que constituiriam patrimônio da União) e a falsificação de cartões de vacinação. Nesses arquivos também há um acordo de colaboração com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A maior resolução recente inclui a inclusão do bilionário Elon Musk, devido a declarações feitas no X (antigo Twitter), rede social de sua propriedade. O magnata ameaçou revelar ordens judiciais sigilosas do STF sobre a remoção de perfis com conteúdo antidemocrático. , acusou Moraes de não respeitar a Constituição brasileira, chamou o juiz de paz de “ditador” e chegou a afirmar que o ministro interferiu no processo. Resultados das eleições de 2022.
A investigação sobre fake news foi aberta em 2019 e está sendo realizada sob segredo de Justiça. O pedido apresentado nesta segunda-feira não especifica prazo e pode ser refeito caso o relator da pesquisa conceda mais tempo e os trâmites não sejam concluídos. A última prorrogação da investigação sobre a defesa virtual foi concedida em março.
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