Criptomoedas usadas fraudulentamente no Brasil em 2021 representam menos de 1% do faturamento total de R$ 707 bilhões

Com R$ 707 bilhões em transações em 2021, o Brasil se estabeleceu como o maior mercado de criptomoedas da América Latina e o 11º maior do mundo, e a porcentagem de criptomoedas retidas no país como componente da atividade criminosa é inferior a 1%, segundo dados revelados através da Chainalysis, uma empresa de análise de dados em cadeia que fornece agências governamentais, bolsas de valores e estabelecimentos monetários em mais de 40 países.

Em entrevista à imprensa brasileira nesta quinta-feira, 10, Brianna Kernan, gerente de contas da Chainalysis na América Latina, destacou o papel de liderança do país no mercado de criptomoedas na região.

Ao contrário de outros países onde a negociação P2P (peer-to-peer) não é incomum devido à fragilidade das moedas nacionais, como é o caso dos nossos vizinhos Argentina e Venezuela, as criptomoedas no Brasil são mais usadas como forma de investimento, disse o executivo:

“O Brasil tem uma posição de mercado muito ativa no mundo e se comporta como outros países da região. O Brasil tem uma posição de mercado um pouco mais complicada, onde a maior atividade de criptomoedas está posicionada aqui nas exchanges (53%). Outro percentual significativo (44%) está passando por protocolos de financiamento descentralizados (DeFi). Enquanto em outros países da região, como Colômbia, Venezuela, Argentina, cujas moedas estão sendo desvalorizadas pela inflação, as criptomoedas são usadas para movimentar recursos em transações P2P.  »

Os movimentos P2P representaram uma pequena porcentagem do total processado no Brasil no ano passado: apenas R$ 454 milhões. Esse tipo de movimento é amplamente utilizado para fazer remessas ao exterior e para comprar e vender criptomoedas informalmente, sem empregar exchanges como intermediários e, portanto, evitar o efeito de impostos e fiscalização de entidades governamentais.

O Brasil é indexado na edição de 2022 do Relatório de Crimes Cripto da Chainalysis porque o país tem um interesse marginal em atividades ilícitas envolvendo criptomoedas, revelou Kernan. Menos de 1% das parcelas circuladas no Brasil em 2021 foram semelhantes às atividades ilícitas.

O tipo de crime mais comum no Brasil é a mistura, recurso usado para esconder fileiras de moedas usadas em operações ilícitas. Ou seja, é uma forma de lavagem de dinheiro com criptomoedas. As criptomoedas usadas na negociação por meio de trocas obscuras estão tomando o lugar do momento. , e as criptomoedas usadas em golpes vêm logo depois.

O executivo também revelou que a Chainalysis está executando colaborações confidenciais com entidades e corporações do governo brasileiro para rastrear atividades anormais envolvendo ativos cripto, além de oferecer instituições monetárias locais sob demanda. A maior exchange de criptomoedas do país, o Mercado Bitcoin, foi citada como uma das parceiras da empresa.

Embora as atividades ilícitas envolvendo criptomoedas sejam baixas no país, o Brasil tem um alvo constante de ataques de hackers. Nesta semana, o Mercado Livre mostrou um ataque cibernético que levou ao vazamento do conhecimento de mais de 300 mil usuários da plataforma, e no mês passado foi a vez dos sites de e-commerce da Americanas e submarino, que não estavam disponíveis há 4 dias.

Em 24 de fevereiro, o Cointelegraph Brasil revelou que a Polícia Federal havia anunciado o acordo com bancos e empresas privadas para verificar a escalada de crimes cibernéticos no car-out.

LEIA MAIS

Siga nosso perfil no Instagram e Telegram para ver a notícia em primeira mão!

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *