Os técnicos da Anvisa analisaram a presença de resíduos de pesticidas em amostras de 14 alimentos consumidos pela população brasileira e concluíram que os produtos de origem vegetal analisados são seguros para o consumo humano, ainda que 23% das 4.616 amostras em relação com os limites estabelecidos pelo próprio órgão regulador e que foram encontrados vestígios de 122 270 pesticidas entrevistados. A informação é da Agência Brasil.
Nos supermercados de agosto de 2017 e junho de 2018, foram coletadas amostras de abacaxi, alface, arroz, alho, batata doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva. O único estado não coberto pelo Programa de Análise de Resíduos de Pesticidas em Alimentos é o Paraná. Segundo a Anvisa, o governo do Paraná optou por não fazer parte do programa em 2016.
Tendo em conta os limites máximos de resíduos estabelecidos pela própria Anvisa, os técnicos investigaram a presença de até 270 pesticidas em amostras de alimentos recolhidos. Segundo o relatório da Anvisa Geral Toxicology Management, publicado em terça-feira (10), menos de 1% das amostras analisadas, ou seja, 41 amostras, apresentavam um potencial de risco agudo se consumiam. Entre estas 41 amostras, 37, ou seja, 90% das pessoas com risco agudo, continham evidências da presença de carbouran, um ingrediente ativo de alguns pesticidas e que, no Brasil, começaram a ser proibidos do campo, a partir do final de 2017.
Uma nota técnica, publicada pela Anvisa, durante o processo de discussão pública sobre a proibição do carbouran indica, que a investigação científica tem demonstrado que a substância tem um efeito tóxico sobre os diferentes órgãos e sistemas dos seres humanos e o dano ao meio ambiente, sendo extremamente tóxico para os mamíferos. “Carbouran tem alta toxicidade, mesmo a níveis baixos de exposição, e pode ter efeitos agudos, subagudos e crônicos a organismos não-alvo. Vários casos de intoxicação em humanos têm sido descritos na literatura, com a ocorrência de casos fatais.”
Para os técnicos responsáveis pelo relatório publicado hoje, os resíduos carbonouranos encontrados em 37 das amostras de alimentos coletadas entre agosto de 2017 e junho de 2018 podem ter se formado a partir do uso pelos produtores rurais de pesticidas, já que se torna carbouran.
As 4.616 amostras analisadas, 3.544 (ou 77% do total) foram consideradas satisfatórias, estando de acordo com o Limite Máximo de Resíduos estabelecido pela Anvisa. Em 2.254 (49%) não foram detectados resíduos de pesticidas, e 1.290 (28%) resíduos apresentados com concentrações iguais ou inferiores ao limite superior permitido. 23% restante das amostras apresentaram não conformidades – na maioria delas (17,3%) foi detectado um ingrediente tóxico e não permitido para o cultivo.
O relatório completo está disponível no site do organismo e conclui que “os resultados do acompanhamento e da avaliação do risco compilados, correspondentes à análise de vários tipos de alimentos que fazem parte da dieta básica dos brasileiros, indicam que os alimentos de consumo no Brasil são seguros com relação aos potenciais riscos de intoxicação aguda e crônica por exposição dietética para resíduos de pesticidas. As situações de risco agudo encontradas são pontuais e de origem conhecida, pelo que a Anvisa tem estado adotando medidas para mitigar os riscos identificados.”
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